A apresentadora Cristina Ferreira vai regressar à TVI em setembro como diretora de entretenimento e ficção, tendo manifestado interesse junto da Prisa, dona da Media Capital, em comprar uma participação no capital social da dona da estação.
A notícia foi avançada na sexta-feira, ao final do dia, já após o fecho dos mercados.
Cerca das 12:15, as ações da Media Capital, dona da TVI, derrapavam 9,40% para 2,12 euros, enquanto a Impresa, que detém a SIC, desvalorizava 3,55% para 0,14 euros.
A Impresa chegou a estar a desvalorizar cerca de 4% ao início da sessão.
Esta é para já a reação dos investidores no primeiro dia de negociação em bolsa após o anúncio da saída da apresentadora Cristina Ferreira da SIC, cerca de ano e meio depois de ter começado a apresentar o “Programa da Cristina” [que hoje foi substituído pelo nome “Casa Feliz”], em 07 de janeiro de 2019.
A notícia da saída de Cristina Ferreira surpreendeu o mercado, uma vez que a apresentadora tinha contrato com a SIC até 2022.
Em comunicado, na sexta-feira, a SIC informou que Cristina Ferreira “decidiu cessar unilateralmente a sua ligação à SIC, colocando termo ao contrato que a vinculava até 30 de novembro de 2022″.
Lamentando “a decisão abrupta e surpreendente” e “apesar da desilusão”, a SIC agradeceu “o trabalho de Cristina Ferreira desenvolvido ao longo deste curto, mas intenso período, no seio de uma equipa vencedora, que continuará a empenhar o seu talento e profissionalismo para merecer a confiança do público”.
Na altura, o canal do grupo Impresa informou que “reserva todos os seus direitos em face desta situação”.
Com a cessação unilateral do contrato com a SIC, Cristina Ferreira deverá ter de ressarcir o canal em, pelo menos, quatro milhões de euros, de acordo com fonte ligada ao processo. Daquele montante, dois milhões de euros correspondem ao salário.
Há quase dois anos, mais precisamente em agosto de 2018, a TVI anunciou a saída de Cristina Ferreira, após 16 anos na empresa.
Em 07 de janeiro de 2019, a apresentadora arrancava com o “Programa da Cristina” na SIC, que estreou a liderar, atingindo um resultado histórico de 40,1% de ‘share’, valor que a estação não registava desde 2002.
Há cerca de dois meses, mais concretamente em 14 de maio, o empresário Mário Ferreira comprou 30,22% da Media Capital, através da Pluris Investments, numa operação realizada por meio da transferência em bloco das ações por 10,5 milhões de euros.
As ações da Cofina, que mantém o interesse na Media Capital, apesar de ter desistido da sua compra em março, seguiam sensivelmente à mesma hora a cair 2,62% para 0,26 euros.
Comentários