O 'Diário de Valladolid' explica esta segunda-feira que, depois de vários dias de buscas desde a notificação do avistamento do animal no Duero, "os peritos da associação Chelonia", que colabora com as autoridades ministeriais, "determinaram hoje mesmo que os indícios que se atribuem ao réptil pertencem, na realidade, a uma lontra".
Trata-se de restos de peixe meio devorados entre os excrementos encontrados no local onde o Pisuerga se encontra com o Douro. Isto não significa, porém, que o animal "não esteja pela zona".
O perito envolvido nas buscas disse ainda que não se encontraram indícios do ninho que pudesse pertencer ao réptil, e alertou que ainda é precipitado especular quaisquer aspetos físicos do animal.
O Serviço de Proteção da Natureza da Guarda Civil espanhola (Seprona) lançou no domingo uma operação de busca de um crocodilo, supostamente com cerca de 250 quilos, que foi avistado no troço do rio Douro entre Simancas e Tordesilhas.
Segundo os especialistas, trata-se de um crocodilo do Nilo, uma espécie considerada “muito agressiva”, tendo sido detetado por três pessoas distintas entre sexta-feira e sábado na zona de Pesquerela, perto de Valladolid.
As buscas das autoridades e dos biólogos arrancaram ontem e contam com 10 pessoas e o apoio de drones, que teriam permitido descobrir dois ninhos nesta zona da foz de Pisuerga, no Douro, popular entre pescadores, canoístas e banhistas. Os ninhos foram, então, analisados por elementos do Seprona, bem como restos de peixes com mordeduras identificadas que apontaram para um crocodilo do Nilo.
Dois jovens com cerca de 13 anos foram os primeiros a avistar o animal e informaram na sexta-feira a polícia de Simancas, segundo o jornal 'El País'. Um agente deslocou-se no dia seguinte à zona indicada e confirmou o relato dos jovens, pedindo a alguns pescadores para abandonarem a zona, sem, porém, explicar a razão do pedido para evitar gerar pânico.
A área foi entretanto isolada pelas autoridades espanholas, que montaram também algumas armadilhas nos ninhos e na água para tentar capturar o réptil, e será percorrida “com prudência”, estando a ser considerada a possível intervenção do grupo de atividades subaquáticas da Guarda Civil e dos bombeiros.
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