"Há 18 mártires e vários feridos após o massacre na escola Al Jawni do acampamento de refugiados de Nuseirat", no centro da Faixa de Gaza, declarou o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal.

A AFP não conseguiu verificar de forma independente o balanço de vítimas, que segundo o porta-voz incluiria "mulheres e crianças".

No entanto, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que entre as vítimas há seis funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA). "O que está a acontecer em Gaza é totalmente inaceitável", criticou Guterres na rede social X.

Na mesma plataforma, a UNRWA garantiu que foi o ataque que causou mais mortos entre os seus funcionários.

"Esta escola foi atacada cinco vezes desde o início da guerra. Ela acolhe cerca de 12 mil deslocados, principalmente mulheres e crianças", declarou.

Uma fonte médica do centro de saúde Al Awda de Nuseirat, um dos locais para onde foram levados os mortos e feridos, afirmou inicialmente à AFP que o balanço era de 15 mortos e 44 feridos.

O Exército israelita indicou em comunicado que a sua Força Aérea tinha lançado um "bombardeamento de precisão contra terroristas que operavam no interior de um centro de comando do Hamas" nas dependências da escola.

A guerra entre Israel e Hamas eclodiu no dia 7 de outubro, quando milicianos islamistas mataram 1.205 pessoas no sul de Israel, na sua maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelitas.

Também sequestraram 251 pessoas, das quais 97 continuam detidas em Gaza, incluindo 33 que os militares israelitas declararam sem vida.

Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e lançou uma ofensiva que já deixou 41.084 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território. A ONU afirma que a maioria das vítimas são mulheres e crianças.