Enquanto primeira-ministra, mantém-se em funções até que esteja em posição de dizer à rainha Isabel II quem esta deve nomear como sucessor, na sequência da eleição no Partido Conservador.
O vencedor, enquanto líder do partido do Governo, torna-se também primeiro-ministro sem a necessidade de eleições legislativas.
Numa declaração à porta da residência oficial, em Downing Street, a 24 de maio, May reconheceu que o fracasso em aplicar o ‘Brexit’ determinou a sua decisão de se demitir.
“É e será sempre motivo de profundo desgosto para mim não ter sido capaz de implementar o ‘Brexit’. Caberá ao meu sucessor encontrar um caminho que honre o resultado do referendo”, afirmou.
May disse ter feito o possível para convencer os deputados a aprovar o acordo que negociou com Bruxelas para fazer o Reino Unido sair da União Europeia UE, mas, “infelizmente”, não conseguiu.
O documento foi chumbado três vezes na Câmara dos Comuns por margens elevadas devido, não só à divergência da oposição e dos deputados anti-‘Brexit’, mas também por causa da discórdia por vários eurocéticos do seu próprio partido.
“É claro agora para mim que é melhor para o país que um novo primeiro-ministro lidere esse processo”, acrescentou.
A chefe do governo pretendia fazer uma quarta tentativa esta semana, mas a proposta de permitir uma votação sobre um novo referendo motivou desentendimentos dentro do próprio governo, desencadeando a demissão da ministra para os assuntos parlamentares, Andrea Leadsom.
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