As contas são fáceis de fazer, isto após a posição assumida pela Câmara de Viana com a redução de apoio de 67% para 40%. Se antes os utentes pagavam 88 euros mensais (22dias x 2 viagens x 2€) agora pagam 171,60 (22 dias x 2 viagens x 3,90 €) acrescidos de 30 ou 40 euros do passe andante, o que dará os tais mais de 200 euros.
"O assunto, como tem sido tornado público, não teve ainda resolução e não nos parece que venha a ter conclusão a breve trecho. Temos demandado todas as instituições e... nada. O jogo de 'passa responsabilidades' continua", começa por dizer a comissão ao SAPO24, salientando que esta luta pela "igualdade" já vem de há algum tempo.
"Desde 2019 que temos desafiado o Presidente da Câmara de Viana (o anterior e o atual) para ser o porta-voz dos Vianenses nesta demanda pela igualdade de tratamento dos utilizadores de transportes públicos", referiram, salientando depois que no "início do ano o Presidente da Câmara de Viana desculpava-se com a CIM Altominho, CIM Cávado e Área Metropolitana do Porto, como sendo as entidades responsáveis para resolver o problema e promoverem a criação de um passe único intermodal, entre as regiões".
No passado dia 6 de fevereiro, porém, a comissão deslocou-se à reunião de Câmara, "porque o Presidente não responde aos nossos pedidos insistentes para reunir com os utentes", e ouviu da viva voz de Luís Nobre que a "solução passará por uma imposição do Governo".
O presidente referiu ainda que, uma vez que vamos entrar em período eleitoral, deveríamos chamar a atenção dos diferentes partidos políticos
"Até lá, a Câmara já está a ser muito generosa ao atribuir um desconto de 40% por bilhete, mostrando-se completamente insensível ao facto de que as pessoas para se deslocarem de Viana para o Porto e vice-versa tenham de gastar mais de 200 € por mês. Sugeriu inclusive, que as pessoas utilizassem os serviços da Flixbus (que tem bilhetes a partir de 2,99 €, valores esses a que apenas os primeiros acedem, pois mediante o aumento da procura o preço sobe facilmente para os 8 ou 10€) que não servem as necessidades dos estudantes, trabalhadores ou doentes que se desloquem diariamente. Referiu ainda que, uma vez que vamos entrar em período eleitoral, deveríamos chamar a atenção dos diferentes partidos políticos", afirmou a Comissão, preocupada com as vidas de alguns destes utentes.
"O assunto, como tem sido tornado público, não teve ainda resolução e não nos parece que venha a ter conclusão a breve trecho. Temos demandado todas as instituições e... nada. O jogo de 'passa responsabilidades' continua"
"Dos 333 cartões de residente emitidos pela CM de Viana em Janeiro de 2023, neste momento, a cumprir o regulamento imposto pela Câmara, não teremos uma dezena de utilizadores do referido Transporte Público Rodoviário. Alguns estudantes estão a interromper os estudos, outros a escolher os dias da semana, trabalhadores precários que irão engrossar os números do desemprego, cidadãos asfixiados que não sabem o que fazer", concluem.
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