"Muito obrigado Dadores de Sangue" é a mensagem que a Organização Mundial da Saúde (OMS) escolheu para assinalar o Dia do Dador de Sangue, que se comemora esta sexta feira em todo o mundo. Em Portugal, ser dador traz vantagens. O SAPO24 compilou aqui as principais.
O sangue salva vidas, recorda a OMS em comunicado onde salienta que é um "produto" necessário para muitas situações de emergência e doença, entre elas, de mulheres com complicações durante a gravidez e o parto, crianças com anemia grave muitas vezes por subnutrição, vítimas de acidentes assim como para doentes cirúrgicos e oncológicos.
A organização internacional sublinha que há "uma necessidade constante de fornecimento regular de sangue, uma vez que este só pode ser armazenado durante um período de tempo limitado antes de ser utilizado".
A dádiva regular de sangue por um número suficiente de pessoas saudáveis é necessária para garantir que o sangue estará sempre disponível quando e onde for necessário, realça a OMS.
"O sangue é a dádiva mais preciosa que alguém pode dar a outra pessoa - a dádiva da vida. A decisão de doar o seu sangue pode salvar uma vida, ou mesmo várias, se o seu sangue for separado nos seus componentes - glóbulos vermelhos, plaquetas e plasma - que podem ser utilizados individualmente para doentes com doenças específicas.
Como ser dador?
O Instituto Português do Sangue permite o agendamento online através do site www.ipst.pt em Agendar Dádiva. O período mínimo para fazer o agendamento é de 24 horas.
Sem agendamento, o horário é das 08h00 às 19h30.
Existem também centro de recolha nos hospitais centrais por todo o país e há entidades, como a Cruz Vermelha Portuguesa, que realizam frequentemente recolhas em diversos locais, mesmo em eventos.
Só necessita de disponibilizar o seu nome, e-mail, n.º nacional de dador (se tiver ou, no caso de ser a primeira vez, inscrever-se) e contacto telefónico.
As condições essenciais de elegibilidade para a dádiva de sangue incluem ter 18 e 65 anos de idade (as pessoas candidatas com 17 anos podem fazê-lo mediante consentimento dos pais e/ou em caso de emancipação por casamento de acordo com o estabelecido na lei). O dador deverá ainda ter peso igual ou superior a 50 kg, ter hábitos de vida saudáveis, não estar em jejum nem no período da digestão e não ter recebido transfusões de sangue desde 1980.
Quais os direitos?
Os direitos do dador estão inscritos na lei e Portugal e integram o "respeito e salvaguarda da integridade física e mental; a receber informação precisa, compreensível e completa sobre todos os aspetos relevantes relacionados com a dádiva de sangue; a não ser objeto de discriminação; à confidencialidade e à proteção dos seus dados pessoais, nos termos da Constituição da República Portuguesa e da legislação em vigor; ao reconhecimento público.
O dador tem ainda direito "à isenção das taxas moderadoras no acesso às prestações do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a "ausentar -se das suas atividades profissionais, a fim de dar sangue, pelo tempo considerado necessário para o efeito, sem quaisquer perdas de direitos ou regalias do trabalhador dador". Existe também um "seguro do dador" e "acesso gratuito ao estacionamento dos estabelecimentos do SNS, aquando da dádiva de sangue".
Para além destas regalias, a Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) voltou hoje a pedir que os dadores voltem a ter o direito à dispensa laboral no dia que realizam a dádiva e a regulamentação do Estatuto do Dador de Sangue.
Há riscos para o dador de sangue?
"Não prejudica quem dá e só traz vantagens para quem recebe" revela o Instituto do Sangue. Fazer uma pausa por alguns minutos após a dádiva é normalmente recomendado nos locais de colheita pelo profissional de saúde, que muitas vezes oferece um snack para ajudar o voluntário a recuperar em minutos o sangue doado.
Segundo o IPTS, "uma unidade de sangue doada tem 450 ml. Esse é o volume que se pode colher sem prejudicar o dador. Se o dador tiver no mínimo 50kg de peso e 1,5m de altura então tem um volume total de sangue superior a 5litros. Em pouco mais de 10 minutos (tempo que leva uma doação de sangue) podemos perder 9% do volume total de sangue sem que nos sintamos mal. Os sacos de sangue têm anticoagulante suficiente para não deixar coagular 450ml de sangue, daí que seja este o volume mínimo que se pode colher."
Dadores querem ter dispensa do dia de trabalho
A Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) voltou hoje a pedir que os dadores voltem a ter o direito à dispensa laboral no dia que realizam a dádiva e a regulamentação do Estatuto do Dador de Sangue.
Em comunicado, para assinalar o Dia Mundial do Dador de Sangue que se comemora na sexta-feira com o lema “Muito obrigado Dadores de Sangue”, a FEPODABES volta a reivindicar o direito à dispensa ao trabalho no dia em que realizam a dádiva, possibilidade, referem, que lhes foi retirada em 2011 durante a presença da ‘troika’ em Portugal.
O presidente da FEPODABES, Alberto Mota, citado na nota, indica que a Assembleia da República aprovou em 2012 o Estatuto do Dador de Sangue, mas “manteve essa lacuna, deixando por resolver uma das questões que tem impacto direto no número de dadores diariamente”.
Alberto Mota apelou também à “regulamentação do Estatuto do Dador de Sangue, aprovado em 2012, que não avançou.
Na nota, o presidente da FEPODABES alertou mais uma vez “para a falta de profissionais de saúde nomeadamente nos três Centros de Sangue do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, falta essa que nos últimos tempos tem sido a causa maior dos cancelamentos de brigadas de colheitas de sangue no exterior dos três centros”.
No âmbito do Dia Mundial do Dador de Sangue, Alberto Mota agradeceu aos dadores, apelando a que mais pessoas doem sangue.
“Todos os dias são necessárias cerca de 1.000 a 1.100 unidade de sangue para fazer face ao consumo dos hospitais, lembrou Alberto Mota, realçando que o sangue é essencial para tratamentos e intervenções urgentes e pode ajudar pacientes que sofrem de condições com risco de vida, além de apoiar procedimentos médicos e cirúrgicos complexos.
“O sangue também é vital para o tratamento de feridos durante emergências de todos os tipos (desastres naturais, acidentes, conflitos armados etc.) e tem um papel essencial nos cuidados maternos e neonatais”, segundo a Federação.
um dia especial para agradecer aos dadores e incentivar mais pessoas a darem sangue livremente. A data de 14 de junho foi instituída em homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner, imunologista austríaco que descobriu o fator Rh e as várias diferenças entre os tipos sanguíneos.
“Além de agradecer aos dadores, este dia serve também para incentivar mais pessoas a começar a fazer a sua dádiva de sangue” diz Alberto Mota, presidente da FEPODABES. “ todos os dias são necessárias cerca de 1000 a 1100 unidade de sangue para fazer face ao consumo dos Hospitais “realça Alberto Mota.
O sangue é essencial para tratamentos e intervenções urgentes e pode ajudar pacientes que sofrem de condições com risco de vida, além de apoiar procedimentos médicos e cirúrgicos complexos. O sangue também é vital para o tratamento de feridos durante emergências de todos os tipos (desastres naturais, acidentes, conflitos armados etc.) e tem um papel essencial nos cuidados maternos e neonatais.
No que toca a promoção da dadiva de sangue o Presidente da FEPODABES relembra que “ em todo os pais a promoção da dadiva de sangue é feita por dirigentes voluntários das Associações /Grupos e Núcleos de Dadores de Sangue, o qual merecem o nosso MUITO OBRIGADO”
A Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) apela à “regulamentação do Estatuto do Dador de Sangue, aprovado em 2012, o qual nunca foi regulado e assim há varias medidas do mesmo estatuto que não estão a ser cumpridas “ refere Alberto Mota, alem de alertar mais uma vez “ para a falta de profissionais de saúde nomeadamente nos três Centros de Sangue do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, falta essa que nos últimos tempos tem sido a causa maior dos cancelamentos de brigadas de colheitas de sangue nos exterior dos três centros .
A FEPODABES volta a reivindicar que os dadores devem voltar a ter o direito à dispensa laboral no dia em que realizam a dádiva,” diz Alberto Mota , possibilidade que lhes foi retirada em 2011, durante a presença da troika em Portugal. A Assembleia da República aprovou em 2012 o Estatuto do Dador de Sangue (Lei nº 37/2012 de 27 de agosto), mas manteve essa lacuna, deixando por resolver uma das questões que tem impacto direto no número de dadores diariamente.
As comemorações oficias da FEPODABES co as Associações /Grupos e Núcleos de Dadores de Sangue realiza-se no dia 16 de Junho na Cidade das Caldas da Rainha , onde serão homenageadas pelo seu trabalho e empenho nesta causa além de agradecimento a dadores de sangue presentes .
*Com Lusa.
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