
"Precisamos de A positivo, A negativo, O positivo e O negativo. Onde temos maior dificuldade é no IPST, que fornece os hospitais da Grande Lisboa, que não têm colheita", adianta ao SAPO24 Antónia Escoval, presidente do Conselho Diretivo do IPST.
"Embora isto seja uma rede, e todos os dias venha sangue de Coimbra e do Porto, nesta altura do ano há sempre a situação das infeções respiratórias e temos mais dificuldade", acrescenta.
Assim, é normal que haja menos sangue disponível no inverno. "Quando não é em janeiro, é em fevereiro. O aumento das infeções respiratórias leva à suspensão dos dadores por 14 dias".
Devido à situação, Antónia Escoval deixa o apelo: "Esta é uma excelente oportunidade para quem nunca deu vir dar pela primeira vez e é muito importante que os dadores habituais, que não têm consciência do que está a acontecer, venham também dar sangue".
O pedido foi também partilhado nas redes sociais do instituto. "Precisamos que dê sangue já", lê-se no Facebook.
De recordar que já em julho de 2024 o IPST, que monitoriza de forma permanente as reservas de sangue a nível nacional, tinha pedido sangue destes grupos. Nessa altura, era adiantado que "as férias e a deslocação das pessoas para fora da sua área de residência, durante esta época, tornam sempre mais difícil a manutenção das reservas em níveis confortáveis".
Segundo os dados disponíveis, os hospitais portugueses precisam, diariamente, de aproximadamente 1100 unidades de sangue, para dar resposta às necessidades dos doentes.
O IPST é responsável por cerca de 60% das colheitas de sangue em Portugal, sendo os restantes 40% colhidos pelos serviços hospitalares.
A recolha de sangue é um procedimento rápido — demora cerca de 30 minutos — e pode ajudar a salvar várias pessoas, já que uma única unidade de sangue pode servir para ajudar até três vidas.
*Com Isabel Tavares
Comentários