Dulce Maria Cardoso é nomeada com a tradução de Ángel Gurría-Quintana para inglês de "Eliete", o último romance da autora, publicado em 2018 pela Tinta-da-China, que venceu o Prémio Oceanos em 2019 e foi finalista do Prémio Femina em 2020.

“Eliete – A vida normal” centra-se numa mulher de meia idade, caracterizada pela mediania em tudo, casada e mãe de duas filhas, agente imobiliária, que se sente insatisfeita com a vida e com o casamento, e que, na procura de mudança – vontade desencadeada na sequência da hospitalização da avó, com sinais de Alzheimer – vira-se para as conquistas através da Internet e das redes sociais, que no romance têm um papel central.

A obra foi indicada ao prémio de Dublin pelas Bibliotecas de Lisboa, de acordo com o comunicado da organização, a cargo do município de Dublin.

Este prémio literário tem um valor monetário de 100 mil euros, que é classificado como o maior montante atribuído a um livro de ficção publicado em inglês num dado ano. Se o livro for traduzido, o autor recebe 75 mil euros e o tradutor os restantes 25 mil.

A lista dos 71 nomeados por bibliotecas de 34 países inclui 26 obras traduzidas e 16 romances de estreia, indica a organização.

O júri é presidido pelo professor universitário Chris Morash e composto por Gerbrand Bakker, Martina Devlin, Fiona Sze-Lorrain, Leonard Cassuto e Nidhi Zak/Aria Eipe.

O próximo passo será a escolha dos finalistas, cujos nomes serão conhecidos no dia 25 de março, e, finalmente, o livro vencedor será anunciado pela presidente da Câmara Municipal de Dublin, Emma Blain, no dia 22 de maio de 2025, no âmbito do Festival Internacional de Literatura da cidade.