
“O meu desejo é o de poder submeter ao parlamento a moção de confiança que o Governo hoje mesmo aprovou e, por isso, dar uma última oportunidade aos partidos de concederem, ou não, ao Governo a possibilidade de executar o programa. Se [os partidos] entenderem que não têm condições, terá de ser o povo português a resolver esse impasse”, disse Luís Montenegro, em conferência de imprensa, em Bruxelas.
O primeiro-ministro acrescentou que se houver eleições legislativas antecipadas é da opinião que os portugueses “têm por larga maioria uma satisfação com o caminho de transformação que o Governo encetou nos últimos 11 meses”.
O líder do executivo PSD/CDS-PP lembrou na ideia por si defendida no início do mandato de que se o programa do Governo recebesse o aval da Assembleia da República, “isso significaria que o parlamento confiava ao Governo a capacidade para executar” as suas políticas.
Luís Montenegro reiterou, por outro lado, que se o parlamento chumbar a moção de confiança, a solução é fazer eleições legislativas antecipadas: “Não me sinto legitimado [nesse caso] para continuar e tem de ser o povo a resolver essa questão.”
Questionado sobre eventuais investigações à empresa da sua família, Luís Montenegro rejeitou a prática de qualquer crime.
“Não cometi nenhuma ilegalidade, nem nenhuma ilicitude”, comentou.
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