“O PNR veio a Santa Cruz propor um subsídio de três mil euros para cada criança sem agravar o Orçamento Regional, porque o dinheiro aplicado será retirado da Assembleia Regional, com a redução de deputados e redução dos subsídios partilhados, que são as subvenções que atualmente estão em cinco mil euros por cada deputado”, explicou à Lusa o candidato.
Álvaro Araújo referiu, durante uma entrega de panfletos a famílias num parque infantil de Santa Cruz, que o partido quer valorizar as crianças e a natalidade.
“Digamos que este subsídio é aplicar o dinheiro onde ele é útil, porque a natalidade tem diminuído. Por outro lado, no passado havia o subsídio de nascimento e os abonos de família e isso tudo foi retirado. Este subsídio é uma versão diferente. É retirar da assembleia e dar às crianças, que são o futuro do nosso trabalho”, disse.
O candidato do PNR às eleições legislativas da Madeira destacou também que o contacto de hoje com a população visa chamar a atenção para a justiça social, porque atualmente “os governantes colocam as famílias a pagar consoante os rendimentos”.
“Uma família que ganhe cerca de mil euros já é considerada rica e tem de pagar para pôr o seu filho num infantário, nas creches. A mesma família está a pagar 500 euros de casa e depois tem de pagar mais 200 ou 300 euros para colocar a criança na instituição. Sobra pouco para o resto do mês. Contudo, há outros que têm casa gratuita e não pagam nada nos infantários. Está-se a retirar de quem quer realmente trabalhar”, constatou.
No entendimento de Álvaro Araújo, os subsídios deveriam ser para todas as crianças, independentemente do rendimento mensal dos pais.
“O PNR vem aqui dizer que para nós todos são iguais. Não deve ser feita distinção entre crianças ricas e pobres”, sublinhou.
O candidato do PNR lembrou ainda que o saldo da natalidade na região é negativo.
“Ou seja, nascem cerca de duas mil crianças e morrem cerca de três mil pessoas. Está negativo em cerca de um terço. Por isso, temos de tomar algum tipo de atitude”, disse.
O enfermeiro Álvaro Araújo candidata-se pela segunda vez às eleições na Madeira. Em 2015, o partido obteve 0,82%, sem eleger deputados, mas o partido diz que a sua preocupação é apresentar soluções para o arquipélago.
As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.
PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.
Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta – com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.
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