A senegalesa Manu já tinha tudo preparado para voltar ao seu país, porque não tem a nacionalidade francesa, mas soube hoje junto à Torre Eiffel que já não vai precisar de deixar o país, após Macron impor-se à extrema-direita de Marine Le Pen.
"Eu não posso votar, então pedi para os meus filhos votarem por mim. Tinha tanto medo que a Marina Le Pen ganhasse que já tinha preparado o regresso ao meu país e tinha tudo tratado para ir embora e os meus ficavam. Assim, não tenho de me ir embora", contava emocionada Manu, em declarações à Agência Lusa
Marion, que festejou a vitória do Presidente com um beijo no marido Antoine, disse à Lusa que chorou e teve "muito medo".
Isto, "apesar de achar que depois do debate ele iria ganhar, porque esteve muito melhor. Para os próximos cinco anos, ele tem de travar a extrema-direita. É a única coisa a fazer", disse.
Poucos minutos após o anúncio da vitória de Emmanuel Macron, estimada a 58,2% dos votos, um DJ veio animar os cerca de 1.000 apoiantes que enchem o Champ de Mars, mas o alívio inicial deixa agora lugar ao desejo de mudanças para os próximos cinco anos.
"A França não está fraturada, mas há uma clivagem. Vai ser preciso consultar, negociar, dialogar, ouvir e tomar as decisões necessárias. Temos de fazer todos os esforços para mudar o país", indicou Françoise, que acompanha o Presidente desde 2017.
Emmanuel Macron é o primeiro Presidente desde Jacques Chirac a conseguir renovar o seu mandato, com a abstenção nesta segunda volta das urnas a estimar-se nos 28,2%, um aumento face a 2017.
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