Em resumo:
- Os Republicanos mantêm controlo do Senado (câmara alta do Congresso); os Democratas devem reconquistar a Câmara dos Representantes (a câmara baixa)
- "Tem sido uma boa noite para o presidente até agora", diz porta-voz da Casa Branca
- O Republicano Ted Cruz derrotou o Democrata Beto O'Rourke no Texas.
- O senador independente Bernie Sanders foi reeleito (sem surpresas) pelo Vermont.
- Os Democratas da Virgínia arrebatam cadeira aos Republicanos na Câmara de Representantes. Os da Florida fizeram o mesmo.
- Os Republicanos ganharam uma eleição-chave para o Senado no Indiana.
- O polémico senador democrata Bob Menéndez foi reeleito por Nova Jersey.
- O Democrata do Colorado Jared Polis é o primeiro governador abertamente gay dos EUA.
O resultado ficou praticamente garantido quando o republicano Kevin Cramer derrotou a senadora democrata de Dakota do Norte, Heidi Heitkamp, e quando o empresário republicano Mike Braun derrotou o senador Joe Donnelly em Indiana.
Outro dos resultados importantes foi quando o senador republicano Ted Cruz derrotou Beto O'Rourke, estrela emergente do Partido Democrata, e foi reeleito pelo estado do Texas. Já na Flórida, com o republicano Ron DeSantis a ser reeleito Florida, derrotando o democrata Andrew Gillum.
Já de acordo com as projeções, os democratas tinham conquistado a maioria dos lugares na Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), cujo controlo pertencia aos republicanos.
Numa curta publicação na rede social Twitter, Trump considerou os resultados destas eleições como "um imenso sucesso", agradecendo a todos o apoio dado às candidaturas republicanas.
Em algumas das eleições intercalares nos Estados Unidos está em jogo a real base de apoio do Partido Republicano do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, numa votação em que são escolhidos congressistas, senadores e governadores em 36 estados.
As primeiras assembleias de voto fecharam hoje às 18:00 locais (23:00 de Lisboa) nos Estados Unidos, após eleições legislativas intercalares decisivas para a segunda metade do mandato presidencial de Donald Trump.
Foi a essa hora que fechou metade das urnas no Estado do Kentucky e grande parte das urnas no Indiana, onde está em causa uma eleição fundamental para o controlo da câmara alta do Congresso norte-americano — o Senado.
Estas eleições são particularmente importantes, porque podem permitir uma alteração radical de forças entre os dois partidos no Congresso, o parlamento bicamaral dos Estados Unidos, já que será reeleita a totalidade dos membros da Câmara dos Representantes e um terço dos do Senado, além de 36 governadores estaduais.
Antes destas eleições, os Republicanos controlavam a Câmara dos Representantes e o Senado, com uma margem confortável na câmara baixa (235 congressistas contra 193 congressistas Democratas) e uma margem curta na câmara alta (51 contra 47 senadores Democratas e dois independentes).
Mas as sondagens indicavam que o Partido Democrata deveria recuperar o controlo da Câmara dos Representantes, bem como ganhar entre seis e dez governos estaduais, apesar de não conseguir eliminar o controlo Republicano do Senado.
A maioria na câmara baixa permitirá aos Democratas dificultar a vida política a Donald Trump, podendo, por exemplo, iniciar um processo de ‘impeachment’ (impugnação de mandato) por suspeitas de conluio com uma alegada ingerência russa nas eleições presidenciais e obstrução à justiça, ou criar obstáculos à agenda legislativa Republicana, em particular na área fiscal.
Ainda assim, se os Republicanos mantiverem a maioria no Senado (como indicavam as sondagens), a influência Democrata será sempre limitada e circunscrita a um debate político mais aceso.
Mas os assessores de Trump mostram-se sobretudo preocupados com os sinais de desgaste da popularidade do Presidente e com a perda de uma parte importante da sua base de apoio, essencial para sustentar as ambições de uma reeleição daqui a dois anos.
Algumas corridas eleitorais – na Florida, na Califórnia, no Wisconsin ou no Texas, entre outras — revestem-se de especial interesse político, pelo significado que lhes é atribuído relativamente à perceção que os norte-americanos têm da Presidência Trump, mas também pela abordagem que o eleitorado faz de alguns dos temas centrais da vida nos EUA.
Com Lusa
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