A dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Fátima Monteiro, disse que, embora estes sejam problemas transversais a todos os hospitais, foi decidido realizar a concentração em Gaia porque “tem sido das unidades onde menos admissões tem havido”.
“Aqui, os enfermeiros são insuficientes nos serviços para dar resposta às necessidades dos utentes, quer em qualidade quer em quantidade”, afirmou, frisando que “neste hospital continuam a falar trinta enfermeiros para se atingir um rácio não ideal”.
No que se refere ao adiamento do descongelamento das progressões, a dirigente do SEP referiu que “a maior parte das instituições, nomeadamente o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, não está a aplicar o que a lei determina”.
“Não tem havido orientações no sentido da efetivação do descongelamento nos termos da lei”, frisou.
A atribuição do suplemento remuneratório aos enfermeiros especialistas que “as instituições não aplicaram conforme o que está acordado”, foi outro dos motivos que levaram os enfermeiros dos hospitais de Gaia a realizar uma greve de duas horas (10:00/12:30) para poderem participar na concentração.
“São problemas muito sentidos pelos enfermeiros, porque é aí que se poderá traduzir alguma alteração nos salários, e é o que está na lei”, acrescentou Fátima Monteiro.
No final do protesto, uma delegação pediu para ser recebida pelo conselho de administração do Centro Hospitalar de Gaia, o que não foi possível.
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