O presidente da Associação Académica de Lisboa (AAL), que representa cerca de cem mil estudantes da Grande Lisboa, alertou hoje para a necessidade de uma reforma do financiamento das Instituições do Ensino Superior (IES) que permita responder às necessidades dos alunos.

“O sistema educativo não pode continuar a ser o parente pobre da nossa sociedade, porque é através deste sistema que o país cresce e se desenvolve”, defendeu Diogo Martinho Henriques, presidente da AAL, que representa 28 associações de estudantes do Ensino Superior da Área Metropolitana de Lisboa.

Segundo a AAL, existem “casos críticos que vão desde a falta de materiais de apoio ao ensino, problemas infraestruturais até à falta de investimento na investigação”, mas também faltam respostas para os “problemas da Saúde Mental, que crescem dia após dia”.

Por isso, a associação avançou hoje com propostas para corrigir estes problemas, que vão desde garantir que mais alunos possam aceder a bolsas de estudo a ter apoio social nas cantinas universitárias e acesso a quartos a preços controlados.

“Alterar o limiar da elegibilidade na atribuição de bolsas de estudo no Ensino superior, definindo-se critérios que tenham em conta a realidade dos estudantes, de forma a aumentar o número de estudantes elegíveis e assim diminuir as desigualdades” é uma das medidas defendidas pela associação em comunicado enviado para a Lusa.

Diogo Martins Henriques pede também um reforço do financiamento das IES, que conjuntamente com o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior “permitam o acesso igualitário ao Ensino Superior”.

“Promover o financiamento de programas de inovação pedagógica e desenvolvimento para que, em paralelo, permitam investir na renovação das infraestruturas e aquisição de materiais escolares” é outra das reivindicações.

A AAL acusou os sucessivos governos de “subfinanciamento do Ensino Superior”, lembrando que na ultima década o reforço foi de “apenas 17%”,ou seja, “ficou aquém da inflação”.

A Associação Académica de Lisboa apelou por isso a um reforço de financiamento nas IES.