“Ao visitar centros de detenção, vi a ameaça representada por este grupo de combatentes do Estado Islâmico [EI] detidos. Entre os detidos na Síria e no Iraque, este é um verdadeiro ‘exército do Estado Islâmico detido’. Se fosse libertado, este grupo representaria uma grande ameaça a nível regional e não só”, disse o general Michael Kurilla, em comunicado.
Kurilla disse ter visitado o centro de detenção sírio em Hasaka, onde estão detidos mais de cinco mil elementos do EI.
O responsável acrescentou que aquele centro, palco de um ataque em janeiro de 2022, continua estruturalmente danificado. Naquele ataque, milhares de combatentes radicais fugiram e 400 extremistas e 121 soldados da Forças Democráticas da Síria (FDS) foram mortos.
As autoridades da FDS e do centro de detenção advertiram que a população detida pode estar sujeita a uma maior radicalização da violência, sublinhando que esta situação pode ser “uma bomba relógio”.
Contudo, Kurilla indicou que o objetivo é “continuar a manter os detidos em segurança”, ao mesmo tempo que trabalha com os países de origem dos presos para um repatriamento e encontrar uma forma processual de reabilitação.
Por outro lado, o general norte-americano lamentou a situação dos menores nos campos de deslocados, no final de uma visita a Al Hol, campo com mais de 51 mil pessoas, 90% das quais mulheres e crianças vulneráveis, e a Roj, onde se encontram 2.500 pessoas, 96% das quais mulheres e crianças “familiares” de combatentes extremistas mortos ou capturados.
“O campo de Al Hol é um foco de sofrimento humano, e a única solução duradoura é repatriamento, reabilitação e reintegração atempada e bem sucedida dos residentes do campo nos países e comunidades de origem”, sublinhou.
Durante a visita, Kurilla reuniu-se com as tropas norte-americanas e as FDS para informar sobre a ameaça colocada pela organização extremista.
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