“O EI vai tentar aproveitar este período para restabelecer as suas capacidades e criar santuários. Os nossos ataques de precisão deste fim de semana mostram que estamos determinados a impedir que isso aconteça”, disse Blinken numa cerimónia no Departamento de Estado.

O secretário de Estado disse repetidamente que os Estados Unidos (EUA) têm “interesses claros” na Síria, referindo-se aos comentários do Presidente eleito Donald Trump de que os EUA não se devem “envolver” na situação no país do Médio Oriente.

“Temos um interesse claro em fazer o que pudermos para evitar a fragmentação da Síria, a migração em massa a partir da Síria e, claro, a exportação do terrorismo e do extremismo”, disse o chefe da diplomacia norte-americana.

Os Estados Unidos têm também um “grande interesse em garantir que as armas de destruição maciça ou os seus componentes que permanecem na Síria não caiam nas mãos erradas”, acrescentou Blinken.

Os rebeldes declararam a 08 de dezembro Damasco ‘livre’ do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de uma ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islamita Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrubar o regime sírio.

Perante a ofensiva rebelde, Assad, que esteve no poder 24 anos, abandonou o país e asilou-se na Rússia.

No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.