Além da estátua do comandante do exército do Sul pró-escravatura durante a guerra civil norte-americana, foi retirada a estátua de um dos seus principais oficiais, Thomas “Stonewall” Jackson, ambos de uniforme e a cavalo. As estátuas serão agora armazenadas num local seguro até a Câmara Municipal tomar uma decisão final sobre o seu destino.

Os trabalhos de remoção da estátua de Lee começaram hoje de manhã cedo, com dezenas de espetadores nos quarteirões em redor do parque, ruas bloqueadas ao tráfego e polícia bem visível.

Quando a estátua foi levantada do pedestal ouviu-se uma ovação, segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press.

A presidente da Câmara de Charlottesville, que se tornou a primeira presidente negra da cidade em novembro de 2017, fez uma breve declaração diante dos jornalistas e dos observadores quando o guindaste se aproximava da figura.

“Derrubar esta estátua é um pequeno passo no sentido de ajudar Charlottesville, a Virgínia e a América a lidar com o pecado de estar disposto a destruir os negros para obter benefícios económicos”, disse Nikuyah Walker.

A remoção das estátuas segue-se a anos de discórdia, angústia da comunidade e processos judiciais. A luta legal, longa e tortuosa, atrasou muito a retirada das estátuas, consideradas símbolos do passado racista e esclavagista dos Estados Unidos e cuja recolha o município autorizou em fevereiro de 2017.