“Os cidadãos americanos na Bielorrússia devem sair imediatamente”, pode ler-se na nota publicada no ‘site’ da delegação diplomática dos EUA na Bielorrússia, país aliado de Moscovo.

Washington lembrou que o governo lituano fechou recentemente duas passagens de fronteira com a Bielorrússia e apenas quatro outros pontos permanecem abertos.

“Os governos da Polónia, Lituânia e Letónia declararam que é possível que mais passagens de fronteira com a Bielorrússia sejam encerradas”, alertou ainda a representação norte-americana em Minsk.

Por esta razão, a embaixada pediu aos norte-americanos que considerem deixar a Bielorrússia através das passagens de fronteira abertas com a Letónia, Lituânia, “ou de avião”.

“Cidadãos americanos não podem entrar na Polónia por terra vindos da Bielorrússia. Não viajem para a Rússia ou Ucrânia”, acrescentou a Embaixada dos Estados Unidos em Minsk.

A representação diplomática enfatizou ainda que atualmente a sua capacidade de fornecer ajuda aos norte-americanos que viajam ou residem na Bielorrússia “é limitada”.

Vilnius anunciou na semana passada o encerramento de duas passagens de fronteira com a Bielorrússia em resposta à presença de mercenários do grupo paramilitar russo Wagner no país vizinho.

Combatentes do grupo Wagner, que esteve ativo na guerra na Ucrânia, foram transferidos para a Bielorrússia após uma breve rebelião contra a hierarquia militar russa em junho.

O encerramento dos dois postos foi também motivado pela luta contra o contrabando, dado que os outros quatro pontos de passagem estão equipados com sistemas de deteção de raios X, ao contrário dos agora fechados.

Segundo os ‘media’ lituanos, a medida pode ser o primeiro passo para o encerramento total da fronteira com a Bielorrússia.

As relações entre os dois países sempre foram tensas, mas deterioraram-se mais desde as disputadas eleições presidenciais de 2020 na Bielorrússia, que desencadearam manifestações em Minsk reprimidas com violência pelo regime de Alexander Lukashenko.

As autoridades de Minsk descreveram a decisão tomada pelo vizinho lituano como rebuscada.

A Bielorrússia apoia a Rússia na guerra contra a Ucrânia que Moscovo iniciou com a invasão do país vizinho em 24 de fevereiro de 2022.