Numa conferência de imprensa, o responsável do departamento de bombeiros do condado Miami-Dade, David Downey, confirmou que no local foram encontradas sem vida quatro pessoas e outras nove foram transportadas para hospitais locais, sem, contudo, informar sobre o estado de destas.
O governador da Florida, Rick Scott, disse na mesma conferência de imprensa que será feita uma “investigação minuciosa” à queda da infraestrutura e que os seus responsáveis serão alvo de acusações.
Rick Scott adiantou que as equipas de socorro mantêm-se no local para garantir que “se resgata quem possa ser resgatado”.
O responsável dos bombeiros acrescentou que as equipas vão contar com elementos de escuta, câmaras e cães para averiguar a eventual existência de sobreviventes nos escombros.
"Temos de retirar parte da estrutura peça por peça. Está muito instável”, salientou David Downey.
Já o senador da Florida Marco Rubio lamentou o acidente, assinalando que, “ironicamente, a ponte tinha sido desenhada para oferecer mais segurança” às pessoas para atravessar a autoestrada muito movimentada.
A ponte pedonal, instalada no sábado e que deveria ser inaugurada no início de 2019, dá acesso à Universidade Internacional da Florida. A estrutura custou cerca de 14,2 milhões de dólares (cerca de 11,5 milhões de euros) e foi construída na sequência de um pedido antigo dos habitantes daquela zona, agravado por um atropelamento mortal em agosto de 2017, para que assim os estudantes universitários e quem morasse nas redondezas pudesse evitar o intenso trânsito daquela estrada.
Segundo um comunicado emitido pela própria universidade, a ponte foi edificada com recurso a métodos de construção acelerados de forma a evitar constrangimentos aos utilizadores daquela via rodoviária e a reduzir potenciais riscos para os trabalhadores.
A estrutura da ponte foi construída de forma modular. O tabuleiro que atravessa a via rápida foi construído ao lado da faixa de rodagem, tendo sido colocado na posição final, sobre os pilares, no passado sábado.
A estrutura atravessa uma autoestrada com sete vias, que liga o ‘campus’ da Universidade à cidade de Sweetwater, onde vivem cerca de quatro mil estudantes.
Em comunicado, a instituição de ensino superior diz estar a cooperar com as autoridades nos esforços de socorro e remete atualizações para mais tarde.
[Notícia atualizada às 08h56]
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