O último discurso de Francisco Paupério foi eufórico e recebido por palavras de apoio e aplausos no jantar-comício do Livre, realizado na cantina do Templo Hindu, em Lisboa, e que encerrou duas semanas de campanha.
A apenas dois dias das eleições, o candidato fez um último apelo ao voto: “Nada está decidido até domingo e ainda podemos ter um voto ecológico, podemos ter um voto livre, um voto de esquerda, pela habitação digna, pela defesa da educação e saúde para todos, pela defesa de uma transição justa e, sobretudo, a defesa de um projeto europeu”.
Numa retrospetiva da campanha e dos elogios recebidos, incluindo de alguns que o consideraram a surpresa das europeias, Francisco Paupério recusou esse papel e disse que a surpresa são as propostas do Livre.
“É o facto de termos um programa que tem efetivamente propostas e não como os outros partidos que têm apenas manifestos e intenções sem nunca saberem explicar como vão cumprir com essas intenções”, defendeu.
Comparando-se aos outros partidos, elogiou ainda a forma de fazer política do Livre, que o diferencia e tornará vencedor. “Nós atacamos no campo das ideias e temos a certeza de que também ganhamos nesse campo das ideias”, sublinhou.
Também com um apelo ao voto no Livre, o porta-voz Rui Tavares considerou que nas eleições de dia 09 de junho “está em luta uma política do feio contra uma política do belo”.
E o belo, em oposição à extrema-direita, é o seu partido, defendeu. “Um partido que não tem medo de dizer que sim, está apaixonado por um ideal europeu, que sim, está apaixonado pelo futuro, que sim, acreditamos que é possível”.
Em Portugal, as eleições europeias realizam-se domingo e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. Serão eleitos 21 deputados.
Comentários