"A Europa social deve começar por elevar os seus mínimos e não fazer baixar os máximos e isto, para nós, é importante", disse o deputado europeu, que em 2014 foi eleito pelo Movimento Partido da Terra e agora se recandidata pelo PDR, que criou no mesmo ano.
Falando aos jornalistas, a meio de uma ação de pré-campanha que começou de manhã na Figueira da Foz e se estende de tarde em Coimbra, Marinho e Pinto defendeu a existência de uma pensão, salário e subsídio de desemprego mínimo no espaço da União Europeia.
Segundo o advogado, todos os países membros da União Europeia (UE) que tivessem valores abaixo daqueles limites teriam obrigatoriamente de os subir, em nome da dignidade das pessoas.
"Só haverá coesão quando se aproximarem os que estão na base da pirâmide social europeia àqueles que estão no topo. Isto chama-se justiça social", sublinhou.
Para reforçar a democracia no espaço europeu, que considera ameaçada em alguns países, o candidato do PDR considera que é necessário "gastar melhor os dinheiros públicos e na defesa", defendendo a criação de Forças Armadas europeias.
"A Europa tem de criar umas Forças Armadas próprias e os Estados têm de deixar de investir tanto na defesa e passar a contribuir com uma parte para as forças europeias, diminuindo os gastos", salientou.
Pelas contas de Marinho e Pinto, "os 28 Estados membros da UE gastam muito mais em defesa do que a Rússia, que tem uma capacidade bélica muito superior".
Por outro lado, acrescentou, é preciso que as Forças Armadas europeias "estejam confiadas a generais europeus e subordinadas a um poder político europeu e não como acontece agora com a NATO, que não está subordinada a poder nenhum eleito pelos povos".
O candidato disse ainda que é necessário "mudar um pouco o nosso paradigma e, mais do que pedir mais dinheiro à Europa para a coesão interna, é preciso gastar que o dinheiro pedido por Portugal para desenvolver as regiões mais atrasadas não seja gasto nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto".
"É uma vergonha e um escândalo o que aconteceu com os passes [intermodais] dos transportes em Lisboa e no Porto. O país inteiro está a pagar um privilégio para os lisboetas e habitantes da área metropolitana do Porto", considerou Marinho e Pinto.
Para o advogado, "é preciso que o dinheiro dos impostos e da UE não seja usado no eleitoralismo, para comprar votos, como aconteceu com essa medida da 'geringonça'".
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