A lista do PURP às eleições de 26 de maio é encabeçada pelo presidente do partido, Fernando Loureiro, seguido de Dário Fonseca, Rosa Sousa, Fernando Carreto e Germano Miranda.
Os cinco primeiros lugares da lista que foi hoje entregue no Tribunal Constitucional são ocupados por reformados, mas o partido admite que “também tem pessoas mais novas”.
“Somos quase quatro milhões de reformados e jovens, e os reformados têm conjugues, têm filhos, têm netos. Se votarem em nós, vamos morder-lhes os calcanhares, quer em Bruxelas quer aqui”, disse à Lusa o cabeça de lista.
Quando chegar ao Parlamento Europeu, o PURP pretende homenagear aqueles que lutaram nas antigas colónias portuguesas antes do 25 de Abril de 1974, e a “primeira coisa” que vai fazer é “alertar as entidades europeias” para “aquilo que o Estado fez”.
“Descartou-nos pura e simplesmente”, afirmou o candidato, que afirmou ter sido ele próprio combatente, razão pela qual o partido pretende que, “até outubro, se faça alguma coisa com essa gente”, nomeadamente a “implementação do estatuto do combatente”.
“Essa é a razão primeira pela qual estamos a concorrer, com muito esforço porque nós não temos bens, não temos financiamentos, todos nós somos uns carolas”, frisou Fernando Loureiro, apontando querer “justiça, e já”, e “vingar os colegas que mereciam ser apoiados e que foram descartados, humilhados”.
Apesar de considerar que o Parlamento Europeu “pode não ser” o sítio mais adequado para fazer esta reivindicação, o dirigente assinalou que esta “é a única forma” que o partido tem de partir “para uma ação dessas”, em termos de “meios económicos, e não só”.
Relativamente a outras questões que o partido vai abordar, o presidente destacou que, “acima de tudo, serão aquelas que têm a ver com a justiça social”.
“É evidente que iria falar da migração, nós temos a nossa opinião, os fundos europeus, como é que eles chegam cá, para onde é que eles vão, a quem são entregues. Há todo um conjunto, há uma panóplia de coisas que nós vamos atuar na hora, sem medos, por uma razão muito simples, [porque] nós não estamos na política, ao contrário de outros”, salientou.
Na opinião de Fernando Loureiro, o PURP, partido constituído formalmente há quatro anos, “está a ser muito conhecido”, razão pela qual assumiu que “um bom resultado seria uns 10 a 15%”.
“Eles que se ponham a pau, que nós vamos morder-lhes os calcanhares”, atirou.
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