De acordo com a procuradora do condado de Westchester, nos Estados Unidos, Mimi Rocah, embora houvesse indícios para concluir que os factos que as mulheres descreveram aconteceram, não é possível prosseguir com as acusações criminais.
“Em ambos os casos, o meu departamento determinou que, embora as alegações e as testemunhas fossem credíveis, e o comportamento preocupante, não podemos prosseguir com as acusações criminais devido aos requisitos legais das leis criminais de Nova Iorque”, referiu Mimi Rocah num comunicado, citado pela Associated Press.
A agência de notícias tentou contactar um porta-voz da procuradora para obter mais esclarecimentos, mas até ao momento não foi possível.
Na semana passada, uma procuradora de Long Island disse que Andrew Cuomo não enfrentaria acusações criminais, depois de a mesma agente de polícia ter dito que se sentiu “completamente violada” por toques indesejados, num evento em Belmont Park em setembro de 2019. Na altura, Joyce Smith disse que as alegações eram credíveis e preocupantes, mas não criminosas, de acordo com a lei estadual.
Andrew Cuomo demitiu-se do cargo de governador de Nova Iorque em agosto, face a uma série de acusações de assédio sexual.
A decisão do governador, que estava no terceiro mandato, foi anunciada depois de um processo de destituição (‘impeachment’) que estava a ser preparado pelo poder legislativo.
O processo começou depois de o procurador-geral de Nova Iorque ter divulgado os resultados de uma investigação que deu conta de que Cuomo assediou sexualmente pelo menos 11 mulheres.
Os investigadores indicaram que Cuomo submeteu as mulheres a beijos indesejados, apalpou seios ou nádegas ou tocou-lhes de forma inadequada, fez comentários insinuantes sobre a aparência delas e sobre a sua vida sexual.
Nas conclusões, os investigadores indicaram também que Cuomo criou um ambiente de trabalho “repleto de medo e intimidação”.
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