O juiz distrital dos EUA, Paul Magnuson, leu hoje a sentença da condenação decidida em fevereiro, pela privação a Floyd de cuidados médicos durante a imobilização da vítima em maio de 2020, que acabou por resultar na sua morte.
“Esta foi uma ofensa muito séria, na qual uma vida foi perdida. O facto de não se ter levantado e removido Chauvin [outro polícia envolvido] quando Floyd ficou inconsciente é uma violação da lei”, atirou o juiz.
Paul Magnuson também apontou para as 145 cartas de apoio ao ex-agente, referindo que nunca tinha recebido tantas em nome de um réu e culpou o Departamento da Polícia de Minneapolis por enviá-lo com outro polícia inexperiente para o incidente que resultou no assassinato de Floyd.
JámMembros da família de George Floyd manifestaram-se desagradados com a sentença do juiz.
A acusação pediu ao tribunal que sentenciasse Lane a até seis anos e meio de prisão.
Philonise Floyd, um dos irmãos de Floyd, considerou “um insulto” o ex-polícia não ter sido condenado à pena máxima pedida, realçando que este foi “cúmplice do homicídio”.
“Todo o sistema criminal precisa ser demolido e reconstruído”, defendeu.
Lane, que está em liberdade sob fiança, não falou durante a audiência e recusou-se a prestar declarações à saída do tribunal.
Em 18 de maio, Thomas Lane, confessou-se culpado da acusação de cumplicidade no homicídio de George Floyd em 2020.
George Floyd morreu a 25 de maio de 2020, com 46 anos, depois de Chauvin, um agente de polícia branco, o ter imobilizado no chão com um joelho no pescoço, apesar de Floyd ter repetidamente alertado que não conseguia respirar.
Lane e Kueng ajudaram a restringir os movimentos de Floyd, que estava algemado, sendo que Lane segurou as pernas do homem e Kueng ajoelhou-se nas suas costas.
Thao impediu que os transeuntes interviessem durante os nove minutos e meio da detenção.
Lane foi condenando juntamente com Kueng e Thao por acusações federais em fevereiro, depois de um julgamento que durou um mês e se centrou na formação dos agentes e na cultura dentro do departamento da polícia.
Os três acabaram acusados por privar Floyd do direito a cuidados médicos e por não terem parado o colega Chauvin durante o assassinato, que foi apanhado em vídeo e desencadeou vários protestos contra a injustiça racial em Minneapolis e em todo o mundo.
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