De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Educação (ME), o exame nacional do 12.º ano de Português melhorou a média em uma décima face a 2018, passando dos 10,2 valores para os 10,3 valores, ficando ligeiramente acima do limiar da positiva, tendo apenas em conta os alunos internos, ou seja, aqueles que frequentaram as aulas ao longo de todo o ano letivo.
Já a Matemática A a melhoria no resultado é mais expressiva, com uma média de 11 valores este ano, seis décimas acima dos 10,4 valores de 2018.
Na 1.ª fase dos exames nacionais Português registou uma média de 11,8 valores e Matemática A de 11,5 valores.
As duas disciplinas são particularmente importantes, porque são, no primeiro caso, prova de acesso para muitos cursos superiores na área de humanidades e ciências sociais, e, no segundo caso, prova de acesso nos cursos científicos
“Por regra, os resultados da 2.ª fase são inferiores aos da 1.ª fase, no entanto, os exames da 2.ª fase de algumas disciplinas, Geografia, História da Cultura e das Artes, Filosofia e Desenho A, apresentam resultados superiores aos observados na 1.ª fase. Em relação aos resultados obtidos pelos alunos internos na 2.ª fase verificam-se classificações inferiores a 95 pontos [9,5 valores] em quatro disciplinas, a saber: Literatura Portuguesa, Latim A, História A e Matemática B”, refere uma nota do ME.
Física e Química A figura entre as maiores quedas nos resultados dos alunos internos em comparação com 2018, caindo dos 11,4 valores para os 9,6 valores.
Biologia e Geologia, pelo contrário, voltou a terreno positivo, subindo dos 9,6 valores em 2018 para os 10,3 valores em 2019.
História A subiu a média na 2.ª fase em quase um valor, mas continua em terreno negativo: os 8,5 valores de 2018 subiram para 9,2 valores este ano.
A média mais baixa na 2.ª fase pertence a Latim A, com um resultado de 8,1 valores, abaixo dos 9,7 valores de 2018, e com uma taxa de reprovação de 60%, a mais alta nesta fase dos exames nacionais.
Ainda assim, salienta o ME, há disciplinas nas quais os alunos conseguiram na 2.ª fase a aprovação.
“Os dados relativos às taxas de reprovação dos alunos internos, nesta 2.ª fase, mostram-nos que uma significativa percentagem dos alunos internos que não tinham conseguido obter aprovação na 1.ª fase dos exames nacionais conseguiu agora a respetiva aprovação. Sobre esta matéria salientam-se as disciplinas de História B, com 96% de taxa de aprovação de alunos internos, bem como de Economia A e História e Cultura das Artes, ambas com 95 %”, refere o ME.
Como habitualmente, as disciplinas de Física e Química A, Biologia e Geologia, Matemática A e Português foram as mais concorridas, tendo em conta quer alunos internos, quer externos, tendo as duas primeiras provas mais de 20 mil alunos inscritos, cada uma.
Ainda assim, sublinha o ME, “relativamente ao ano anterior, verifica-se uma diminuição significativa do número de provas realizadas na 2.ª fase a Português e a Matemática A, em cerca de, respetivamente, 5.208 e 3.824 provas, o que se encontra em linha com o aumento da média das classificações destes exames na 1.ª fase e a correspondente descida nas taxas de reprovação”.
A 2.ª fase dos exames nacionais decorreu em 643 escolas em Portugal e no estrangeiro, tendo sido realizadas 107.807 provas, uma diminuição face às 115.105 provas de 2018.
Os exames foram classificados por 3.900 professores classificadores, adianta o ME.
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