Um porta-voz do exército israelita garantiu, no sábado à noite, que a ofensiva terrestre não teria início no domingo, por razões humanitárias.
Israel retaliou ao ataque de 07 de outubro do movimento islamita palestiniano, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, com um bombardeamento maciço do território, a partir do qual o Hamas continua a disparar foguetes contra o território israelita.
Os dados oficiais de vítimas mortais, na maioria civis, apontam para mais de 1.400 mortes em Israel e mais de 2.200 na Faixa de Gaza, de acordo com fontes oficiais israelitas e palestinianas.
Na sexta-feira, o exército israelita ordenou aos civis do norte do território palestiniano, 1,1 milhões de pessoas numa população de 2,4 milhões, para se deslocarem para sul e, no sábado, pediu para “não se atrasarem”.
Os militares israelitas disseram que estão a tentar afastar os civis antes de uma campanha concentrada contra os militantes do Hamas no norte, incluindo no que identificaram como esconderijos subterrâneos na cidade de Gaza. O Hamas, classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel, pediu à população ficar nas suas casas.
Desde sexta-feira, milhares de habitantes de Gaza fogem de todas as formas possíveis, com alguns bens amontoados à pressa em atrelados, carroças, motas e carros, através das ruínas.
Vários membros da comunidade internacional manifestaram preocupação com esta evacuação de um território sobrepovoado que se encontra sob um cerco rigoroso desde os ataques do Hamas.
Perante o risco de um conflito regional, os EUA anunciaram já o envio de um segundo porta-aviões para o Mediterrâneo oriental “para dissuadir uma ação hostil contra Israel”, salientou o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin.
O ataque do Hamas e a guerra que desencadeou alimentaram os receios de um prolongamento do conflito e de uma catástrofe humanitária para a população de Gaza, privada de água, eletricidade e alimentos, e onde centenas de milhares de pessoas já foram deslocadas.
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