Os militares acabaram por confirmar as informações veiculadas pelos combatentes do Hamas e pelas milícias da Jihad Islâmica, os movimentos armados que predominam na Faixa de Gaza.
Um porta-voz militar confirmou “pelo menos duas situações com reféns e que se mantêm” em duas localidades perto da fronteira e “que incluem múltiplos reféns”.
Previamente fontes da estação televisiva árabe Al Jazeera precisaram que as forças israelitas tinham cercado duas casas no colonato de Ofakim e no “kibutz” de Beeri, onde milícias do Hamas também manteriam cerca de 50 reféns. O diário israelita Haaretz confirmou esta informação e indicou que tinham começado negociações para a libertação destes reféns.
Em paralelo, e num comunicado divulgado também pelo Haaretz, o porta-voz da Jihad Islâmica, Daud Shibab, referiu que “todos os cativos em poder das organizações da resistência palestiniana” apenas serão libertados em troca “de todos os prisioneiros detidos nas prisões israelitas”.
Segundo a organização não-governamental (ONG) B’Tselem, existem cerca de 4.500 palestinianos nas prisões israelitas.
Shibab recordou que existem “mulheres e crianças” detidas em Israel, para justificar que entre os reféns israelitas em seu poder também se encontrem “mulheres, crianças ou adultos”,
“Os israelitas ficaram a saber a partir de hoje que toda a situação de confronto tem um custo. Agora saberão que cada libertação pela nossa parte terá um preço”, advertiu.
O ataque surpresa hoje lançado pelo Hamas contra o território israelita, numa operação com o nome “Tempestade al-Aqsa”, envolveu o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007.
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