“O que lhe garanto é que, de facto, a exposição é mínima ou ínfima (…) fruto de uma grande capacidade de diversificação das próprias aplicações. É isso que temos sempre de salvaguardar através do Fundo de Estabilização que é exatamente a não dependência excessiva do mercado”, afirmou Ana Mendes Godinho à margem da Cimeira das Pessoas, no Porto.
A governante reagia assim a uma notícia da TVI/CNN que adianta que a Segurança Social está a perder dinheiro com o Credit Suisse.
“Há dinheiro das pensões aplicado nas ações do banco e ainda antes do que aconteceu esta quarta-feira já havia perdas de quase um milhão de euros”, refere a TVI/CNN.
Ana Mendes Godinho reafirmou que a exposição é mínima relativamente a esta situação e que há sempre uma gestão “muito prudente” por parte da entidade gestora do Fundo de Estabilização.
E acrescentou: “como está previsto nas próprias regras para garantir exatamente que não há riscos de exposição que ponham em causa o próprio fundo”.
A ministra salientou que ainda há pouco tempo se discutia por que não se arriscava mais, realçando que é “precisamente por uma lógica de prudência”.
As ações da instituição bancária Credit Suisse abriram hoje em alta na Bolsa de Zurique com uma subida de 2,8%, mas baixaram 1,2% em poucos minutos, relativamente aos valores de quinta-feira.
Na sessão anterior tinha-se registado uma subida de 19% que, em parte, compensou a queda de 24% ocorrida na quarta-feira.
Hoje, os investidores continuam atentos à cotação do segundo maior banco da Suíça, uma das 20 maiores instituições bancárias da Europa, depois de o Banco Nacional da Arábia Saudita - o principal acionista - ter anunciado que ia cessar os investimentos no Credit Suisse.
Esta semana, a decisão do Banco Nacional Saudita levou o Banco Nacional da Suíça a prestar ajuda contribuindo, desta forma, para a recuperação em bolsa do Credit Suisse, na quinta-feira.
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