O esclarecimento, num comunicado da direção da faculdade, surge no seguimento de ter sido divulgado, na quinta-feira, que um aluno se preparava para, no dia seguinte, atacar o local. Vários alunos pediram o adiamento das provas, mas tal não aconteceu.
No comunicado divulgado este sábado, a direção da Faculdade de Ciências disse não haver, até agora, “indícios de se ter verificado a existência de um absentismo superior ao normal nas provas de avaliação realizadas nos dias 11 e 12 de fevereiro de 2022”.
A direção da escola acrescentou estar consciente de que as avaliações “decorreram num ambiente anormal”, pelo que “todos os alunos inscritos nos exames dos dias 11 e 12 de fevereiro, independentemente de os terem realizado ou não, terão possibilidade de acesso a exames das mesmas disciplinas, a realizar na época extraordinária destinada aos alunos em situação de confinamento por efeito da pandemia covid-19, mesmo que apenas para efeitos de melhoria da classificação obtida”.
No comunicado, a direção agradece as contribuições para que as atividades académicas tenham decorrido com tranquilidade e civismo, agradece às autoridades competentes pela “eficácia na ação” e a outras instituições pela solidariedade, e em especial à associação de estudantes pela contribuição “relevante para a manutenção possível do sentimento de normalidade”.
A direção da FCUL disse ainda que não vai fazer mais declarações públicas sobre a matéria.
Na quinta-feira a PJ, em comunicado, revelou ter detido um jovem de 18 anos e aprendido várias armas proibidas, impedindo assim uma ação que teria como alvos estudantes universitários da Universidade de Lisboa. O jovem, soube-se depois, era aluno da Faculdade de Ciências.
O jovem está em prisão preventiva, indiciado pelos crimes de terrorismo e detenção de arma proibida.
Na sexta-feira, numa declaração sem direito a perguntas, o diretor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa excluiu o cancelamento de exames, mas garantiu que seria dada atenção à afluência a testes.
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