"Temos falado recorrentemente com o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), mas não tem sido encontrada uma solução", afirmou o presidente da Federação das Associações de Dadores de Sangue (FAZ), Joaquim Mendes Silva, durante a cerimónia de comemoração do Dia Nacional de Dador de Sangue, que decorreu hoje no Convento São Francisco, em Coimbra.
No decorrer do discurso, Joaquim Mendes Silva apelou a que fosse encontrada uma solução, por ser uma questão "que muito revolta os dirigentes".
Em declarações aos jornalistas, o presidente da FAS explicou que "os valores que são postos à disposição das associações têm de ser gastos até 31 de dezembro" e que as normas concursais começaram em janeiro e "ainda não terminaram".
Com isto passam-se três meses em que as associações de dadores não têm "recursos para trabalhar", disse.
"É uma questão muito falada com o presidente do IPST, mas que não está resolvida", referiu.
Segundo Joaquim Mendes Silva, a situação "não afeta as colheitas" de sangue, mas obriga os dirigentes das associações a recorrerem "a recursos próprios".
"Não queremos mais dinheiro - se fosse possível também não era mau -, mas estar três meses [sem financiamento] dificulta de forma extraordinária o nosso trabalho", vincou.
Para o dirigente, o processo é “demasiado moroso” e obriga a "uma ginástica financeira" das associações, sobretudo no pagamento de "rendas, eletricidade e água".
"Queremos mais celeridade, apenas", asseverou.
Questionado pelos jornalistas sobre a questão, presidente do IPST, João Paulo Sousa, explicou que estão em causa "questões processuais".
"Por nossa vontade, [a transferência de dinheiro] seria logo no dia 02 de janeiro, se isso fosse possível”, garantiu, salientando que há “toda a boa vontade em tentar resolver" a questão.
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