Para quarta-feira, dia 24, Dia do Município da Figueira da Foz e de São João, estava previsto que houvesse o descerramento, às 12:30, de uma placa de toponímia na praça adjacente ao Forte de Santa Catarina, numa homenagem a Ataíde, que morreu em fevereiro, numa altura em que desempenhava as funções de deputado pelo PS, depois de ter exercido o cargo de secretário de Estado do Ambiente no XXI Governo, o primeiro liderado por António Costa.
“Após a divulgação da informação de que se iria proceder ao descerramento de placa de toponímia, em homenagem ao ex-presidente João Ataíde, que, dado o contexto do estado de calamidade, estaria limitado, a autarquia recebeu diversas solicitações de munícipes, coletividades e associações a manifestarem interesse em estar presentes e poderem associar-se à homenagem”, refere uma nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Segundo a nota, “dada a impossibilidade de aceder a essas solicitações, entende o município adiar a iniciativa para data a comunicar posteriormente”.
No domingo, João Ataíde já tinha sido homenageado na praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, na etapa inaugural da liga portuguesa de surf.
A homenagem juntou 80 pessoas, entre familiares e políticos, no molhe sul do rio Mondego.
Na ocasião, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, também do PS, explicou a situação do aglomerado de pessoas: "Declaradamente, é daquelas situações em que a emoção se sobrepôs à razão”.
"A organização [da prova de surf, que quis homenagear o ex-autarca] teve a preocupação de restringir muito o número de pessoas, mas [a homenagem] foi do conhecimento público, o João Ataíde foi um presidente durante 10 anos que muito marcou a Figueira e as pessoas chegaram, associaram-se. A maior parte delas trazia máscara, mas [isso] não justifica a alteração e o número de pessoas que estava, mas também era impossível mandar as pessoas para trás, evitar, foi um daqueles atos espontâneos de amor e de paixão de quem reconhece o trabalho que foi feito durante 10 anos", acrescentou Carlos Monteiro.
O São João na Figueira da Foz será celebrado, este ano, sem bailes ou marchas populares, mas com um palco ambulante e espetáculos simultâneos de fogo-de-artifício em seis praias, disse à agência Lusa fonte municipal.
Na informação disponibilizada, o gabinete da presidência daquela autarquia do litoral do distrito de Coimbra esclarece que a anunciada animação itinerante, a cargo do Duo Sanpedro, irá acontecer na noite de São João, terça-feira, a partir das 21:30, numa viatura adaptada para o efeito.
"Trata-se de um palco móvel, preparado para realizar pequenos concertos em formato de desfile, o que nos permite circular, a uma velocidade muito reduzida, nas artérias mais estreitas da cidade, como por exemplo em São João do Vale [na zona antiga] e no centro do Bairro Novo", a zona turística junto ao Casino, explicou.
Além daquelas zonas, o palco ambulante irá ainda passar, sem paragens "para evitar aglomerações, cumprindo desta forma as recomendações da Direção-Geral da Saúde" face à pandemia de covid-19, nas praças 08 de Maio e General Freire de Andrade - ambas na baixa da cidade e conhecidas popularmente como Nova e Velha – e avenidas 25 de Abril e do Brasil, terminando o percurso, cerca da meia-noite, junto às muralhas da vila piscatória de Buarcos.
Questionado pela Lusa sobre as medidas tomadas para evitar aglomerações de pessoas no fogo-de-artifício do São João, o município manifestou estarem "reunidas as condições para que o espetáculo decorra com o devido distanciamento social", dado tratar-se de um evento "com menor duração, descentralizado e com maior altitude, que pode, e deve, ser visto à distância, agregado às regras que todos sabem que devem cumprir a nível pessoal".
Na quarta-feira, Dia da Cidade e feriado municipal, o programa inclui uma sessão solene, às 11:00, no Centro de Artes e Espetáculos, "onde vão ser entregues as distinções honoríficas atribuídas ao longo do ano".
Comentários