"Esta manhã, duas estudantes pertencentes ao movimento 'Fim ao Fóssil: Ocupa!' confinaram-se na entrada da Faculdade de Psicologia de Lisboa, impedindo a entrada de pessoas por completo e paralisando as atividades", refere o grupo de ativistas em comunicado.
As estudantes "exigem que a reitoria da Universidade de Lisboa apele, como o secretário-geral das nações unidas, à 'disrupção para parar a destruição', convocando todos os seus membros para o bloqueio do maior terminal de importação de gás em Portugal: o porto de Sines".
"A crise climática aprisiona o nosso futuro. Estamos sem acesso a comida até termos motivo para sair, porque em crise climática não vamos ter a escolha de ter comida, como muita gente hoje já não tem. A normalidade não nos dá escolha sobre o nosso futuro, e por isso temos de a mudar, e inspirar coragem na sociedade para fazer o mesmo no porto de Sines, dia 13 de maio, com a plataforma Parar o Gás", explica Teresa Cintra, uma das estudantes na entrada da faculdade.
A sua colega, Jade Lebre, acrescenta que "uma resposta adequada à normalidade tem de estar compatível com a ciência climática. Face uma normalidade marcada por crises cada vez maiores, a nossa resposta tem de impedir o seu funcionamento de forma cada vez mais sistemática".
Uma porta-voz do movimento adianta que "para retirarem as estudantes [da entrada da faculdade] vão ter de passar por cima da ciência climática e das soluções para a crise".
"Enquanto empresas fósseis lucram no presente à custa do nosso futuro e dos preços da eletricidade, estudantes sacrificam o seu presente a reivindicar um futuro digno para todos. Não tenho dúvidas sobre onde o meu apoio está", diz André Matias, colega das estudantes, que também já ocupou a Faculdade de Psicologia.
De recordar que "o grupo de estudantes está a ocupar a Faculdade de Psicologia desde 26 de abril pelo fim ao fóssil até 2030 e pela eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, até que 1500 pessoas se comprometam a participar na ação de resistência civil no terminal de gás fóssil do porto de Sines, a 13 de maio".
Comentários