Num comunicado, o Comando Conjunto das Forças Armadas disse que foi possível “recuperar o controlo do centro de detenção de Esmeraldas”, situado no noroeste do país, junto à fronteira com a Colômbia.
Durante a operação, que contou com agentes das forças de seguranças e militares, foi conseguida a libertação de nove guardas prisionais e dois funcionários que tinham sido feitos reféns pelos reclusos, graças à mediação das igrejas católica e evangélica.
O exército indicou também que no sábado “grupos táticos especiais, equipamentos e meios logísticos permitiram recuperar o controlo do centro de detenção de Tungurahua”, província do centro do país e cuja capital é Ambato.
Nesta operação foi conseguida a libertação de 13 guardas prisionais, que foram “transferidos para o hospital municipal de Ambato para respetiva avaliação”, disseram as Forças Armadas.
Também no sábado, o comando do exército disse ter desmantelado 28 “grupos terroristas” em quase 10.500 operações realizadas nos cinco dias anteriores.
No mais recente balanço, as Forças Armadas disseram que dois agentes da polícia morreram, assim como cinco suspeitos de terrorismo, e que detiveram 1.105 pessoas, 125 das quais por alegado terrorismo.
O Comando Conjunto das Forças Armadas indicou que conseguiu recapturar 27 reclusos que fugiram das prisões onde ocorreram motins.
Os motins simultâneos nas prisões do Equador ocorreram no âmbito de um dia de terror e caos na terça-feira, atribuído a grupos de crime organizado, que incluiu ataques bombistas, o rapto e assassínio de polícias e um ataque armado a uma estação de televisão.
A vaga de violência surgiu numa altura em que o Presidente Daniel Noboa se preparava para pôr em prática um plano para recuperar o controlo das prisões, dominadas por grupos criminosos.
O Equador está a ser devastado pela violência depois de se ter tornado o principal ponto de exportação da cocaína produzida nos vizinhos Peru e Colômbia.
O Governo declarou na terça-feira um “conflito armado interno” e classificou as quadrilhas de crime organizado como grupos terroristas e alvos militares.
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