De acordo com o presidente da Comissão Eleitoral Estatal, Oliver Derkoski, citado pela agência noticiosa espanhola EFE, aqueles dados correspondem à votação realizada até às 13:00 locais (12:00 de Lisboa).
À parte disso, a jornada eleitoral está a decorrer sem problemas de maior, assinalou Derkoski.
Nas últimas eleições efetuadas no país, as municipais de 2017, a participação eleitoral à mesma hora era de 27,30%.
Segundo a Constituição da Macedónia, o resultado do referendo só será válido se reunir 50% do eleitorado, o que se traduz em cerca de 903.000 votos.
As previsões são de que a participação fique abaixo dos 50%, embora os votos a favor devam superar os que votam contra.
Apesar da votação só ter um caráter consultivo, no caso de o referendo não alcançar os índices de participação mínima para ser considerado válido, o Governo terá uma tarefa difícil em convencer o parlamento a aprovar a emenda constitucional, para mudar o nome do país.
O principal partido da oposição, a aliança conservadora VMRO-DPMNE, informou que o seu líder, Hristijan Mickoski, se abstém de votar, porque considera a pergunta do referendo “manipuladora”.
A pergunta em consulta não alude diretamente ao nome final que adotará esta antiga república jugoslava, em caso de superar o processo de ratificação, ou seja, República da Macedónia do Norte, mas pede aos votantes que digam se apoiam ou não a integração na União Europeia e a NATO, assim como se aceitam o acordo entre a República da Macedónia e a Grécia.
Embora o ato eleitoral decorra com baixa afluência às urnas, o primeiro-ministro, Zoran Zaev, mostrou-se confiante em que a votação será maciça, a favor do sim, o que abrirá caminho ao ingresso do país na NATO e na UE.
O partido da oposição VMRO-DPMNE considera a integração na NATO e UE como “um objetivo estratégico”, mas insiste que o acordo com a Grécia é prejudicial para o país.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros macedonio e grego, Nikola Dimitrov y Nikos Kotzias, assinaram um acordo, em junho, para que se utilize o nome “Macedónia do Norte”, tanto a nível nacional como internacional, fechando assim um conflito aberto sobre a designação deste país balcânico desde que se tornou independente da Jugoslávia, em 1991.
A concretização do acordo abrirá caminho para a integração do país na UE e na NATO, que tem sido obstaculizado pela Grécia, que tem pretensões territoriais do país vizinho sobre a região homónima do norte da Grécia.
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