“Nós acompanhamos, como é óbvio, esta situação através da nossa rede diplomática e da nossa rede consular. Até à data, não há informação de que portugueses ou portuguesas que aqui estejam a residir ou de férias tenham sido afetados. Até à data não há essa notícia. Não há informação de que tenham sido, que algum nosso cidadão tenha sido afetado”, afirmou Paulo Cafôfo.
Contactado telefonicamente pela Lusa à margem de uma visita de trabalho que o governante está a efetuar a Estrasburgo, Cafôfo disse esperar que ”a situação possa normalizar-se”.
“Obviamente, é um desejo que todos nós queremos e que possa voltar a tranquilidade e a normalidade ser restabelecida”, concluiu.
A morte do jovem Nahel de 17 anos, num controlo de trânsito na passada terça-feira, captado pelas câmaras de vigilância, fez regressar a tensão entre jovens e a polícia nos bairros sociais em Nanterre, arredores de Paris, e noutros bairros desfavorecidos da capital francesa.
Os confrontos contra as forças de segurança surgiram logo na noite de terça-feira em Nanterre e, na madrugada de quinta-feira, foram danificados edifícios públicos e queimados carros, tendo sido detidas cerca de 150 pessoas.
Na terceira noite consecutiva de manifestações violentas, quase 300 polícias e gendarmes (polícia militarizada) ficaram feridos e foram efetuadas 875 detenções.
Por outro lado, 492 edifícios públicos foram vandalizados e 2.000 veículos foram incendiados.
O agente da polícia suspeito da morte do jovem está acusado de homicídio e em prisão preventiva.
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