Um primeiro autocarro partiu com 43 crianças desacompanhadas, ao início do dia, do centro de acolhimento provisório, formado por um conjunto de contentores aquecidos perto do antigo acampamento de Calais, no norte de França, desmantelado por completo na noite de segunda-feira.
Até dez mil migrantes – homens, mulheres e crianças -, na maioria oriundos de Sudão, Afeganistão e Eritreia, viviam no campo de Calais, conhecido como “a selva”, na esperança de conseguirem atravessar o Canal da Mancha, com destino ao Reino Unido.
As condições de vida no campo e o seu impacto na região tornaram-se um tema sensível, a seis meses das eleições presidenciais francesas.
A operação de evacuação do campo não pôs, contudo, fim ao debate: a esquerda está preocupada com as condições de retirada, a oposição de direita teme uma multiplicação de “mini-Calais” e a extrema-direita defende a deportação dos migrantes para os países de origem.
O Governo francês informou que, desde segunda-feira, retirou mais de 5.500 migrantes do acampamento de Calais, levados para abrigos em França, sobretudo.
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