Ao contrário do esperado pelas autoridades, a véspera das eleições europeias não fez subir o número de manifestantes, e o movimento dos “coletes amarelos” continua em declínio, tendo contado com cerca de 12.500 pessoas em todo o país, com protestos em cidades como Paris, Amiens e Lyon.
Este é o número mais baixo de todos os sábados de protesto, desde o início do movimento, em novembro do ano passado. A maior concentração de manifestantes, hoje, aconteceu em Paris, mas devido à desorganização e falta de coordenação do próprio movimento, os mais de dois mil manifestantes acabaram dispersos, por diferentes locais de protesto.
Entre um cortejo autorizado pela polícia, que partiu do cemitério Père Lachaise, depois da hora de almoço, e a manifestação apelidada “selvagem”, sem autorização, que foi anunciada hoje de manhã, para a avenida Grande Armée, junto ao Arco do Triunfo, os “coletes amarelos” estiveram divididos durante toda a tarde.
Devido ainda aos apelos nas redes sociais para não usarem colete ou qualquer acessório que os identificasse com o movimento, a contabilização ficou mais difícil.
O dia terminou com uma pequena convergência na Praça da República, onde houve alguns confrontos com a polícia.
Do lado das autoridades, o dispositivo policial manteve-se, tendo sido também ativadas unidades motorizadas de polícia, de modo a intercetar mais facilmente elementos considerados perigosos, infiltrados nas manifestações. À hora de almoço, a polícia tinha revistado mais de 5.000 pessoas e detido 64.
Muitas cidades continuam a proibir manifestações nos seus centros urbanos, tentando assim dissuadir protestos que podem acabar em violência. Uma das manifestações mais esperadas deste sábado, era em Amiens, terra natal do Presidente Emmanuel Macron.
O desfile porém decorreu com calma, tendo havido apenas alguns confrontos na parte final.
As manifestações deste sábado coincidiram com o reforço da segurança um pouco por todo o país, devido ao ataque em Lyon, na sexta-feira, que fez 13 feridos ligeiros.
O ministro francês do Interior deixou ao critério das autoridades regionais de segurança como melhor vigiar monumentos e praças, onde há muito movimento.
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