Última atualização às 20:31


A informação inicial de que quatro pessoas tinham sido feridas pelo atacante foi também corrigida pela polícia, que afirma agora haver dois feridos, que estão em estado grave, mas não correm perigo de vida.

Já foram detidos cinco suspeitos, segundo fonte judicial citada pela agência France-Presse (AFP), nos subúrbios de Paris, capital de França, por elementos da polícia de investigação a atividades terroristas, durante uma busca a uma das alegadas casas do principal suspeito do ataque, que já tinha sido detido.

Ao todo são agora sete os suspeitos de orquestrar o ataque, em que ficaram gravemente feridos dois jornalistas da produtora de documentários PLTV, perpetrado na rua Nicolas Appert, junto ao edifício que albergou a redação do Charlie Hebdo.

O procurador da República francês Rémy Heitz, confirmou que “o autor principal” do ataque se encontrava em custódia da polícia. “O autor principal está detido e um segundo indivíduo foi também detido”, disse à imprensa no local.

Relativamente ao segundo detido, o procurador precisou que a polícia está a “verificar a sua relação com o autor principal”.

A imprensa francesa noticiou que o principal suspeito é de origem paquistanesa e tem 18 anos, sendo conhecido das autoridades por pequenos delitos e posse ilegal de arma, e o segundo suspeito é de origem argelina e tem 33 anos.

Inquérito por terrorismo

A Procuradoria antiterrorismo abriu inquérito por “tentativa de homicídio relacionado com ato terrorista e organização terrorista criminosa”.

A agência noticiosa Premières Lignes, que funciona no edifício, confirmou à rádio France 2 que dois dos seus trabalhadores, “um homem e uma mulher”, foram feridos no ataque, ocorrido na rua.

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, suspendeu uma visita que estava a fazer a um subúrbio do norte de Paris e dirigiu-se ao centro de crise do Ministério do Interior. O ministro do Interior, Gérald Darmanin, deslocou-se igualmente ao local do ataque.

“Milhares de alunos foram confinados”

A câmara municipal de Paris anunciou que “milhares de alunos foram confinados” por precaução.

Cinco escolas do bairro onde ocorreu o ataque e todas as escolas dos bairros vizinhos foram encerradas, envolvendo “milhares de alunos, da creche ao liceu”, precisou o município, acrescentando que vão igualmente ser encerrados equipamentos municipais e ginásios.

A antiga redação do jornal, na zona leste de Paris, foi palco, a 7 de janeiro de 2015, de um ataque ‘jihadista’ que fez 12 mortos e cinco feridos graves.

O julgamento dos presumíveis cúmplices desse e de outros ataques ‘jihadistas’ em Paris está a decorrer, desde o início de setembro, na capital francesa.

O Charlie Hebdo mudou as suas instalações depois do ataque.

* Com agências