Fillon, acusado de ter criado empregos fictícios para membros da própria família com fundos públicos, mostrou-se convencido de que não vai ser condenado e que tem sido alvo de ataques políticos.
“Não imaginava uma manipulação como esta, de que estou a ser vítima, e que creio que vem do poder”, disse Fillon numa entrevista às estações RMC e BFMTV.
“Não é possível que este assunto não tenha sido seguido com a maior atenção pelas mais altas autoridades”, respondeu Fillon quando questionado sobre o alegado envolvimento do presidente François Hollande, apesar de reconhecer que não tem provas concretas sobre os autores da “manipulação”.
O líder da direita francesa e ex-primeiro-ministro durante a presidência de Nicolas Sarkozy (entre 2007 e 2012) foi acusado de ter criado empregos fictícios à mulher e aos dois filhos, como assistentes parlamentares, com dinheiro do Estado.
Na entrevista difundida hoje em França, Fillon repetiu que mantém a candidatura apesar de a acusação, que inclui a mulher, ter sido formalizada.
O candidato disse ainda que está convencido de que a mulher não vai ser considerada culpada e que não se tinha candidatado à presidência se não estivesse convencido da inocência em relação ao caso.
Sobre os presentes que recebeu de vários chefes de Estado africanos, nomeadamente artigos de vestuário, no valor de 21 mil euros, Fillon disse ter cometido um “erro” e que, por isso, devolveu as prendas.
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