No seguimento dos últimos bombardeamentos, foram atingidas zonas residenciais, levando o governo israelita a lançar um alerta de evacuação. “Nas próximas horas, o exército israelita vai tomar nesta área ações para atacar as infraestruturas militares do regime iraniano”, escreve um porta-voz das Forças de Defesa de Israel  na rede social X.

Os ataques desta segunda-feira vitimaram oito pessoas, segundo o jornal Haaretz.

As Forças Militares de Israel afirmaram ter eliminado quatro altos responsáveis da inteligência iraniana num único ataque à sede da Guarda Revolucionária Islâmica, na sequência de vários dias de ataques centrados no programa nuclear, na liderança sénior e na infraestrutura de Teerão. Ataques iranianos durante a noite causaram várias mortes, enquanto vários edifícios em Tel Aviv, perto do Consulado dos EUA, foram destruídos.

Enquanto decorre a cimeira dos G7, o Irão apela com urgência aos EUA e a Israel, através de intermediários árabes, para pôr fim aos combates e retomar as negociações nucleares, segundo noticiou o Wall Street Journal esta segunda-feira, citando fontes do Médio Oriente e da Europa.

Os média internacionais continuam a reportar a explosão de mísseis na zona oeste de Teerão.

Israel

Benjamin Netanyahu acredita que Israel está no “caminho para a vitória” e vai conseguir “eliminar a ameaça nuclear” e “eliminar a ameaça com mísseis.”

“Ao contrário do regime criminoso iraniano, que atinge civis”, Israel lançou o alerta para evacuar a zona, acrescentou, citado pela CNN, sem antes insistir que a Força Aérea de Israel “controla os céus de Teerão”.

Irão

Em resposta, o Governo iraniano assegurou hoje que o seu programa nuclear permanece ativo, apesar dos bombardeamentos israelitas que levaram Teerão a responder com o lançamento de centenas de mísseis e drones contra cidades em Israel.

“O programa nuclear do Irão está vivo”, garantiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaeil Baqaei, antes de sublinhar que Teerão vai continuar a atividade neste setor apesar dos bombardeamentos israelitas.

Baqaei — que criticou Israel por “estabelecer um precedente perigoso” ao atacar instalações nucleares iranianas — argumentou ainda que esta ofensiva israelita prejudica o Tratado de Não Proliferação Nuclear, do qual o Irão é signatário, embora Israel não o seja.

*Com LUSA