Contactada pela agência Lusa, fonte da Fundação EDP disse que “o processo de escolha, que será por convite, já foi desencadeado”, e que a futura liderança do museu será conhecida nos próximos meses.
Em setembro deste ano, a Fundação EDP tinha anunciado que o arquiteto e ‘designer’ Pedro Gadanho deixará a direção do MAAT, localizado em Belém, no final de junho de 2019.
Na altura, um comunicado indicava que “a Fundação EDP e o arquiteto Pedro Gadanho decidiram, por mútuo acordo, prolongar a colaboração do diretor do MAAT até ao dia de 30 de junho de 2019″.
“Pedro Gadanho assegurará, assim, um período de transição durante o qual a Fundação EDP irá desenvolver os procedimentos necessários para a escolha do novo diretor do MAAT”, acrescentava o mesmo comunicado.
Pedro Gadanho foi contratado para diretor do MAAT por um período de três anos, iniciado em 2015, um ano antes da inauguração do museu, que celebrou em outubro dois anos de abertura ao público.
Antes de entrar na direção do MAAT, Pedro Gadanho era curador do departamento de arquitetura e ‘design’ do Museum of Modern Art (MoMA), em Nova Iorque, que assumira em janeiro de 2012, a que se sucedeu o cargo do MAAT, em Belém, em 01 de outubro de 2015.
Na altura do anúncio do nome do diretor, António Mexia, CEO da EDP, tinha declarado: “O perfil e a experiência internacional de Pedro Gadanho são essenciais para a ambição que queremos para o MAAT, tornando-o um espaço marcante da cultura contemporânea em Portugal”.
Nascido na Covilhã, em 1968, o diretor de programação do MAAT é licenciado em Arquitetura, pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), mestre em Arte e Arquitetura, pelo Kent Institute of Art and Design do Reino Unido, e doutorou-se em Arquitetura e Mass Media pela FAUP, onde também foi docente.
Foi professor convidado em várias instituições europeias, incluindo a BIArch- Barcelona Institute of Architecture, na capital catalã, e a Ecole Spéciale d’Arquitecture (ESA), em Paris.
Foi ainda cofundador e diretor do Centre for Contemporary Urban Culture (CUC), tendo feito parte do conselho estratégico do pavilhão britânico da Bienal de Veneza de 2010 e da DAC/REALDANIA Urban Futures Think Thank em 2011, em Copenhaga.
Em Portugal, foi curador da representação portuguesa na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2004, da Exposição Nacional de Arquitetura “Habitar Portugal 06-08″, para a Ordem dos Arquitetos, da Mostra “100 anos de Interiores”, do Museu do Design e da Moda (MUDE), em Lisboa, e de uma intervenção no espaço público com performances de arquitetura para a Guimarães – Capital Europeia da Cultura 2012.
Pedro Gadanho foi ainda editor da revista BEYOND, Short Stories on the Contemporary, do blog ShrapnelContemporary e coautor de duas séries de televisão sobre arquitetura, entre 2000 e 2003.
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