"Até 20 de maio, os investigadores de todas as disciplinas procedentes de universidades e de centros de investigação de Espanha e Portugal podem apresentar as suas candidaturas", informou hoje em comunicado a entidade, realçando que é a primeira vez que esta iniciativa abrange Portugal.
Em Espanha, onde já vai na segunda edição, foram no ano passado financiados com 1,3 milhões de euros 13 projetos que já estão a ser desenvolvidos e que analisam em profundidade problemáticas no âmbito do apoio domiciliário a pessoas idosas, da desigualdade de género no meio digital, da exposição infantil à contaminação ou da prevenção da violência de género, entre outros temas.
"A iniciativa baseia-se no facto de que novos fenómenos como o surto de covid-19 têm consequências globais que afetam todas as áreas da vida. A investigação na área social, como motor do progresso humano, tem um papel determinante na compreensão desses novos fenómenos, ajudando a sociedade e os governantes a tomar melhores decisões", sublinhou a fundação.
O concurso conta com o apoio do BPI, destinando-se a investigadores no ativo que demonstrem um trajeto científico independente e comprovem produção científica recente, e cada projeto vai receber até um montante máximo de 100 mil euros, devendo ser desenvolvidos em universidades de Espanha e de Portugal durante o período máximo de 24 meses.
A Fundação La Caixa iniciou em 2018 a sua implantação em Portugal, após o CaixaBank ter comprado o BPI, e, em 2019, destinou 20 milhões de euros a projetos sociais, de investigação, educativos e de divulgação cultural e científica.
"A Fundação La Caixa mantém o seu compromisso de alcançar um investimento de até 50 milhões de euros anuais nos próximos anos, quando todos os seus programas estiverem implementados e a funcionar em pleno", revelou a instituição.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 250 mil mortos e infetou cerca de 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.074 pessoas das 25.702 confirmadas como infetadas, e há 1.743 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
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