Em declarações hoje à agência Lusa, o porta-voz da GNR, Hélder Barros, explicou que “desde as primeiras notícias sobre o movimento conhecido por ‘coletes amarelos’ em França, a GNR tem vindo a recolher informações no terreno e através das redes sociais no sentido de adotar o dispositivo adequado, caso seja necessário”.
O porta-voz lembrou que está a decorrer, devido à época das festas natalícias e de fim de ano, a ‘Operação Comércio Seguro’ e tem início no dia 21 a ‘Operação Natal Tranquilo’, especialmente vocacionadas para os fenómenos das compras e deslocações massivas durante as festas, levando a que esteja nesta “altura um dispositivo mais reforçado no terreno”.
O mesmo operacional explicou que, “por via de qualquer alteração relacionada com os ‘coletes amarelos’, caso seja necessário, os meios nessas operações serão alocados para essa situação”.
“Contudo, neste momento, a GNR trata sobretudo da recolha de informação e acompanhamento do fenómeno através de todos os meios ao seu alcance”, explicou à Lusa.
Também a PSP, em declarações anteriores à Lusa, explicou que as concentrações previstas para todo o país pelo “Vamos Parar Portugal” são movimentos de grande dimensão, pelo que, “mandam as regras do bom senso”, está a acompanhar o processo através de recolha de informação no terreno, pelas redes sociais e com os promotores das iniciativas para ter pessoal operacional caso seja necessário.
Entretanto, o Presidente da República disse hoje acreditar que as manifestações agendadas para sexta-feira, sob o lema "Vamos parar Portugal", vão ser pacíficas, recordando que os cidadãos também podem manifestar o seu agrado ou desagrado nas legislativas de 2019.
Questionado sobre esses protestos, inspirados no movimento francês "coletes amarelos", Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que "a situação em Portugal é diferente da situação em França".
"Uma coisa é a manifestação pacífica, que é timbre de Portugal, outra coisa é a violência que assistimos noutros países", acrescentou.
O Presidente da República frisou ainda que dentro de alguns meses há eleições europeias e legislativas, nas quais as pessoas "podem exprimir o seu agrado ou desagrado, em relação às instituições e aos partidos".
Os protestos marcados para sexta-feira em várias cidades do país por grupos de cidadãos são inspirados no movimento "coletes amarelos" em França, que se manifestam contra o elevado custo de vida, e que já originaram violentos confrontos entre manifestantes e polícia.
As manifestações de sexta-feira estão a ser organizadas através das redes sociais, nomeadamente páginas no Facebook.
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