Segundo informações divulgadas pela Agência Brasil, a denúncia foi motivada pela política para a área de segurança pública defendida pelo governador, que desde a campanha eleitoral afirma que é preciso recorrer a atiradores de elite para “abater” criminosos.
A Comissão de Direitos Humanos da Alerj acrescentou que Witzel promove uma política que terá como base “crimes contra a humanidade, pena de morte e tortura”.
Nos últimos quatro dias, pelo menos 13 pessoas foram assassinadas em comunidades pobres do Rio de Janeiro durante operações da polícia.
Quatro pessoas foram mortas no Morro do Borel, oito na comunidade da Maré, um dos maiores complexos de favelas da capital ‘carioca’, e um mototaxista morreu na favela da Rocinha.
O documento enviado à OEA também questiona um voo que o governador realizou num helicóptero da polícia na cidade de Angra dos Reis.
Num vídeo divulgado pelo próprio governador, Witzel disse que o objetivo de uma operação realizada naquela área era colocar fim à bandidagem no município.
A denúncia enumerou outras operações da polícia que resultaram em mortes, como uma ação realizada na comunidade do Fallet, que terminou com 13 mortos, em fevereiro.
O governo do estado do Rio de Janeiro informou num comunicado à Agência Brasil que não recebeu nenhuma notificação da OEA.
Segundo o mesmo texto, a política de segurança do Rio de Janeiro é baseada, entre outros fatores, em inteligência e investigação por parte da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Sobre os atiradores de elite, o governo do Rio de Janeiro informou que são usados há anos e que todas as operações com esse tipo de agente são precedidas de planeamento e seguem protocolos previstos em lei.
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