António Costa Silva falava no 33.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, promovido pela AHP, que decorre em Fátima.
O governante disse que "este anúncio vai sair hoje e será bastante importante", tendo como objetivo ajudar as empresas de turismo "a modernizarem e desenvolverem" os seus imóveis, possibilitando o "sale and leaseback", transação na qual uma empresa vende a sua propriedade e, em seguida, arrenda essa mesma propriedade.
Antes, o presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Bernardo Trindade, que promove o congresso, salientou que 2022 "tem sido excecional" na retoma da confiança, mas que "realisticamente" o turismo, chave da recuperação económica, ainda tem de ser ajudado.
O responsável recordou que - mesmo a bater recordes de receita em 2022 - a guerra na Ucrânia trouxe "um grau de incerteza tal na construção da cadeia de valor do turismo", que não é possível dizer "qual o nível de resultados" com que fechará este ano. Acresce que "tudo está mais caro", desde o custo da mão-de-obra, à eletricidade e o gás, a cadeia alimentar e as diversas prestações de serviço. Factos que levam a que a perspetiva se mantenha "incerta", disse.
"Por isso, senhor ministro [da Economia], senhora secretária de Estado [do Turismo], estimados associados, queremos lealmente continuar a ser parceiros, contribuintes para esta recuperação económica e social do país, mas realisticamente temos de ser ajudados", reforçou Bernardo Trindade, abordando nomeadamente a degradação da autonomia financeira das empresas hoteleiras durante a pandemia.
O responsável alertou que é preciso ver alargadas as maturidades das linhas de crédito de apoio à covid-19, que estão em muitos casos a chegar agora ao fim.
Sobre o pacote de 3.000 milhões de euros de apoio às empresas para fazer face ao aumento da fatura da eletricidade e do gás que o primeiro-ministro, António Costa, anunciou, Bernardo Trindade afirmou que a expetativa da AHP é que sejam "incluídos nesse pacote de ajudas".
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