Falando na cerimónia de apresentação do relatório da Fundação Blue Azores, que versa sobre a preservação do oceano dos Açores, Vasco Cordeiro afirmou que, “face aos desafios que todo o mundo sente”, a resposta da região “pretende ser uma resposta especialmente qualificada e especialmente fundamentada”.
O relatório surge de um memorando de entendimento, assinado em Fevereiro, entre o Governo Regional, a Oceano Azul e a Waitt Foundation, que prevê declarar 15% da ZEE dos Açores como “novas reservas marinhas totalmente protegidas”; implementar “planos de gestão” para as novas reservas marinhas; desenvolver um plano de ordenamento marítimo; fomentar uma gestão sustentável das pescas; e implementar um programa de literacia de proteção dos oceanos junto de escolas e comunidade.
O governante salientou a importância da parceria com a Fundação Oceano Azul e a Waitt Foundation e felicitou o alargamento da atuação da Fundação Oceano Azul a todas as ilhas do arquipélago.
Na preservação do mar dos Açores, defendeu que “não há alternativa” que não passe pela superação do desafio de preservar o oceano.
“Não há alternativa a ganharmos este combate. A única alternativa é como o vamos fazer: se sozinhos, demorando mais tempo, incorrendo em mais erros e falhando, porventura, mais, se em parceria, como região, com os nossos parceiros, de forma a garantir que seja mais rápido, mais fácil e mais eficaz”, rematou o líder do executivo açoriano.
O relatório do programa Blue Azores sugere o aumento significativo das zonas sob proteção total na zona económica exclusiva (ZEE) dos Açores, uma vez que as áreas marinhas protegidas existentes “não mostram benefícios claros”.
“Aumentar significativamente a proporção da ZEE dos Açores sob proteção total, incluindo a proteção das espécies e ecossistemas mais importantes e das espécies de elevado valor comercial e cultural”, lê-se, nas conclusões do relatório, realizado para o Governo dos Açores.
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