Através da linha “SNS grávida”, a mulher será “encaminhada para o bloco de partos que está disponível mais perto da sua residência” para não se sentir perdida, disse Ana Paula Martins na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, onde foi aprovado o Plano de Emergência da Saúde.
Para divulgar o serviço, a ministra avançou que irá ser feita “o mais rapidamente possível” uma campanha para as grávidas perceberem que se ligarem para a linha vão “obter a confiança e a segurança que precisam para saber exatamente onde se dirigir”.
“Mas sabemos que pode não acontecer assim. A grávida pode não ligar para a linha porque de repente não se sente bem e obviamente vai procurar o primeiro hospital”, adiantou.
Por esta razão os serviços de urgência dos hospitais estarão orientados no sentido de pedir, através desta linha, informação sobre o hospital a que a grávida se deve dirigir “e garantir que o transporte é feito, dependendo da situação que a pessoa tem”,
A medida faz parte de um dos cinco eixos prioritários do documento, designado “Bebés e mães em segurança”.
O eixo prevê também aumentar a capacidade do SNS na realização de partos através da atribuição de um incentivo por parto acima da produção média diária de partos da instituição, dando liberdade às Unidades Locais de Saúde (ULS) para distribuírem o incentivo pela equipa da forma mais equitativa.
Segundo o plano, haverá um reforço das convenções com o setor social e privado para aumentar a capacidade instalada para a realização de partos do SNS.
O plano de emergência para a Saúde foi uma das promessas da Aliança Democrática (AD) nas eleições de março que ficou, posteriormente, previsto no Programa do Governo, com o primeiro-ministro a garantir que seria apresentado nos primeiros 60 dias do seu executivo.
Organizado em cinco eixos estratégicos prioritários, pretende regularizar o acesso aos cuidados de saúde, garantindo o atendimento do doente no tempo clinicamente recomendado, criar um ambiente seguro para o nascimento, reforçar o serviço de urgência, resolver os problemas de acesso aos cuidados de saúde primários e assegurar o acesso a serviços habilitados de saúde mental.
Em cada eixo, o plano prevê medidas urgentes, de aplicação imediata, para obter resultados num período de até três meses; prioritárias, planeadas para gerar resultados até ao final do ano; e estruturantes, com planeamento e aplicação a médio-longo prazo.
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