Segundo o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, a adesão ao segundo dia de greve está a ser muito semelhante à do primeiro, “talvez até um pouco superior”.
Vários blocos operatórios continuam hoje encerrados, nomeadamente nos grandes hospitais, como Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, Hospital de São João no Porto, Hospital de São José e de Santa Maria, em Lisboa ou Hospital de Ponta Delgada, de acordo com alguns exemplos do SIM.
Roque da Cunha voltou a apelar ao ministro da Saúde para que o Governo retome as negociações com os sindicatos. Contudo, até ao momento ainda não foi marcada qualquer reunião.
“Nós reafirmamos a vontade de retomar negociações. Estamos disponíveis a partir já de sexta-feira”, disse à agência Lusa o secretário-geral do SIM, um dos dois sindicatos que convocou a greve nacional de médicos, a par com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).
O secretário-geral do SIM enalteceu ainda o facto de quase todos os partidos políticos terem manifestado compreensão com a greve dos médicos, "com muitos a indicarem que a paralisação pretende fortalecer o SNS".
Consultas e cirurgias programadas estão a ser os serviços mais afetados nestes dois dias de greve, com os profissionais a cumprirem obrigatoriamente os serviços mínimos, que contemplam as urgências, quimioterapia e radioterapia ou transplantes.
Limitação do trabalho suplementar a 150 horas anuais, em vez das atuais 200, imposição de um limite de 12 horas de trabalho em serviço de urgência e diminuição do número de utentes por médico de família são algumas das reivindicações sindicais.
Os sindicatos também querem a reposição do pagamento de 100% das horas extra, que recebem desde 2012 com um corte de 50%. Exigem a reversão do pagamento dos 50% com retroatividade a janeiro deste ano.
O Ministério da Saúde tem dito que não negoceia sob pressão e considera-se empenhado no diálogo com os sindicatos médicos.
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