Os trabalhadores da segurança privada dos aeroportos - das empresas Prosegur e Securitas – estão em greve hoje e no dia de Natal para exigir melhores condições laborais, segundo disse o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) à Lusa, antecipando perturbações no controlo dos passageiros.
Em declarações à Lusa, o dirigente do SITAVA Paulo Alexandre indicou que, o impacto da paralisação, que decorre até às 23:59 de segunda-feira nos aeroportos do país, “vai ser grande” e “poderá fazer atrasos nos voos e até cancelamentos”.
De acordo com o responsável, “a nível de passageiros, [vai afetar] mais da parte da manhã, porque a maioria das pessoas vai viajar de manhã”.
Paulo Alexandre afirmou à Lusa que a principal reivindicação é a assinatura do Contrato Coletivo de Trabalho para estas empresas, “que já deveria ter sido aceite” pela Associação de Empresas de Segurança (AES).
“O Governo fez uma proposta, visto que a AES não aceitou as condições propostas pelo SITAVA. O próprio Estado redigiu um contrato e tentou fazer com que a AES aceitasse o contrato. Da parte do SITAVA não houve problema, mas a AES continua intransigente em relação a isso e, por causa disso, vamos fazer a greve”, explicou o sindicalista.
Também a ANA Aeroportos de Portugal emitiu um comunicado na sexta-feira, alertando para o impacto desta greve.
“A ANA Aeroportos de Portugal informa todos os passageiros que, em virtude da greve anunciada para as empresas de segurança e do elevado incremento de tráfego registado nos últimos meses, é previsível que os procedimentos de controlo de segurança nos aeroportos nacionais sejam mais demorados durante os próximos dias 24 e 25 de dezembro”, lê-se no comunicado.
Na nota, a empresa gestora dos aeroportos nacionais recomenda aos passageiros que, durante os dias da greve, se apresentem no aeroporto respetivo “com maior antecedência e sigam as instruções transmitidas pela sua companhia aérea, operador turístico ou agência de viagens”.
A empresa sugere ainda que os passageiros “procedam ao despacho de bagagem no 'check-in', para reduzir o número de peças a rastrear no controlo de bagagem de mão”.
“A ANA lamenta os possíveis constrangimentos causados aos passageiros, indo desenvolver todos os esforços no sentido de minimizar os impactos que a greve possa causar”, adianta a empresa.
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