“A direção do SINDEPOR, presidida pelo senhor enfermeiro Carlos Ramalho, solicitou esta tarde uma audiência e uma reunião realizou-se de imediato com a Casa Civil. O senhor enfermeiro Carlos Ramalho não quis participar nesta reunião, na qual a Casa Civil tomou conhecimento dos diferentes elementos apresentados pela direção do sindicato, que transmitiu ao Presidente da República, e recordou que se trata de matéria da competência do Governo”, lê-se numa nota divulgada no ‘site’ da Presidência da República.
Na mensagem é ainda referido que o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, que se deslocou hoje a Madrid, “está naturalmente a acompanhar a situação relativa aos enfermeiros, como tem declarado publicamente”.
“Os membros da Direção do SINDEPOR agradeceram a disponibilidade da Presidência da República para os receber”, é adiantado na nota.
A mensagem foi divulgada no ‘site’ da Presidência da República já depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter falado aos jornalistas, em Madrid, sobre a greve dos enfermeiros, reiterando que só se irá pronunciar sobre a greve dos enfermeiros depois de conhecer a posição do tribunal à questão.
“Eu estou à espera da decisão do tribunal que, como sabem, tem prazos muito curtos e vamos ver qual é essa decisão e, depois, me pronunciarei”, disse Marcelo Rebelo de Sousa à margem da cerimónia de inauguração do centro de operações logísticas de uma empresa portuguesa.
O chefe de Estado disse ainda que aguardava notícias sobre o estado de saúde do presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros, Carlos Ramalho, que entrou em greve de fome e a meio do dia e está à porta da residência oficial do Presidente da República, no Palácio de Belém, em Lisboa.
Na nota da Presidência da República divulgada posteriormente é referido que o chefe de Estado “deu instruções à sua equipe médica para se disponibilizar para acompanhar o senhor enfermeiro, que já o contactou e se inteirou do seu bom estado de saúde”.
O presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal remeteu hoje para o Governo a responsabilidade de decidir quando terminará a greve de fome que o iniciou contra a forma como a tutela tem lidado com a greve cirúrgica.
O sindicalista, que chegou aos jardins junto ao Palácio de Belém depois das 12:30, disse aos jornalistas que a greve de fome só terminará quando o Governo voltar a chamar os enfermeiros para negociações.
Marcelo Rebelo de Sousa discursou esta manhã em Madrid como convidado de honra na cerimónia de entrega do Prémio Mundial Paz e Liberdade ao rei de Espanha, Felipe VI, no congresso da Associação Mundial de Juristas.
Da parte da tarde inaugurou um investimento de 85 milhões de euros que a empresa Luís Simões fez na construção de centro de operações logísticas com a espanhola Montepino.
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